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Qual será o futuro das moradias para as próximas gerações?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 26/08/2024

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Conheça quais são os critérios utilizados para que um edifício seja considerado Smart Building, e o que os moradores ganham com isso

Por: Cintia Laport

 

Usando como pano de fundo o Dia Nacional da Habitação, celebrado em 21 de agosto, em homenagem à aprovação da Lei do Sistema Financeiro de Habitação e da criação do Banco Nacional da Habitação (BNH), a gente traz à tona a seguinte pergunta: qual será o futuro das moradias nos próximos anos?

 

Considerada, de acordo com a própria Constituição brasileira, um dos direitos fundamentais de todos nós, cidadãos, a Moradia – e todo o conceito relacionado à ela – vem se transformando bastante ao longo dos tempos. Lugar de aconchego, segurança e conforto, mas que nos últimos tempos vem trazendo outras demandas da vida moderna, como comodidade, conectividade e atenção ao impacto social e ambiental.

 

Voilà! Estamos falando dos chamados Condomínios Inteligentes, ou Smart Buildings, se quisermos caprichar na diversidade linguística. Pela Wikipedia, o termo “edifício inteligente” é usado de uma forma bastante genérica para designar qualquer edificação que possua um mínimo de avanço tecnológico, sendo que nem sempre havia a preocupação de ser efetivamente inteligente. Pode-se definir, assim, edifício inteligente sendo aquele que promove a transferência de dados de um sistema para outro, ou ainda um edifício no qual se aplicam processos e tecnologia, de forma apropriada para satisfazer as necessidades dos proprietários e dos ocupantes.

 

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgados na 27ª Conferência do Clima, no Egito, o setor de Edificação e Construção foi responsável por mais de 34% da demanda de eletricidade e cerca de 37% das emissões de CO2 relacionadas à energia e processos em 2021. Daí, nada mais justificável de que a discussão sobre impactos ao meio ambiente se intensifique também neste segmento.

 

No Brasil, atualmente, temos 3 bons exemplos de Edifícios Inteligentes, tendo como base os critérios de tecnologia, eficiência energética, sustentabilidade e bem-estar de quem vive ou trabalha nele:

 

  1. Eldorado Business Tower (São Paulo): Um dos pioneiros em certificação LEED Platinum na América Latina, ele se destaca por suas soluções sustentáveis e eficientes, como o uso de vidro verde em uma das fachadas e sistemas avançados de gestão de energia;
  2. Torre Santander (São Paulo): O empreendimento possui um sistema de controle de emissão de gás carbônico e foco na otimização do uso de recursos;
  3. Smart City Laguna (Ceará): Esse projeto vai além de um único edifício, representando uma cidade inteira planejada com base em conceitos de inteligência e sustentabilidade, integrando tecnologias como IoT e energia renovável.

 

Em linhas gerais, você sabe quais são os pilares fundamentais para que um Edifício seja considerado inteligente?

 

  1. Automação e Controle: Onde, através de sistemas de controle centralizados, seja possível gerenciar e monitorar diversos sistemas do edifício, como iluminação, climatização, segurança e energia. Assim, conquista-se otimização de tempo e recursos e a coleta de dados permite ajustes automáticos e personalizados de todo o ambiente;
  2. Conectividade e Internet das Coisas (IoT): Todos os sistemas do edifício são interconectados, permitindo uma comunicação eficiente e troca de informações. Através de sensores, atuadores e controladores conectados à internet, pode ser realizado o monitoramento remoto e o controle mesmo à distância;
  3. Eficiência Energética e Sustentabilidade: São utilizadas fontes de energia renovável, como solar e eólica, para gerar parte da energia consumida pelo edifício, além do uso de materiais com baixo impacto ambiental e alta durabilidade na construção do edifício;
  4. Segurança e Acessibilidade: Estamos falando não apenas do uso de câmeras de vigilância, controle de acesso e alarmes, mas todo um sistema integrado. Aqui, entra também o critério relacionado à acessibilidade, com o objetivo de garantir o direito de ir e vir para todos;
  5. Conforto e Bem-estar: São considerados aspectos que garantem mais qualidade de vida aos moradores, como sistemas de ventilação e filtragem de ar, sistemas de iluminação que priorizam a natural e projeto acústico que garante um ambiente silencioso e livre de ruídos;
  6. Flexibilidade e Adaptabilidade: Dentro do conceito de Edifício Inteligente é importante que todo o ambiente seja passível de adaptação constante diante de novas tecnologias e necessidades futuras.

 

Para quem pretende entrar de cabeça na dobradinha Sustentabilidade e Eficiência Energética, por exemplo, já estão disponíveis no mercado algumas soluções interessantes, como a de Geração Distribuída. Uma modalidade em que é possível participar da compensação de energia, através do recebimento de créditos de usinas solares. O modelo funciona por meio de um plano de assinatura mensal, e é viável para empresas, residências e condomínios, próprios ou de aluguel.

 

“Através deste modelo, é possível reduzir a conta de energia em até 15% todos os meses sem precisar investir na adesão, ou seja, sem descapitalizar.  Outra vantagem é que não há fidelidade, ou seja, até mesmo condomínios que pensam em investir posteriormente num sistema próprio podem adotar o nosso modelo enquanto economizam para instalar seu próprio sistema”, explica Mariana Couto, da Detronic Energia, empresa que atua em Minas Gerais desde 2018 e que já tem planos de expansão para outros Estados a partir de 2025.

 

Apesar de não existir, atualmente, uma certificação específica para os Edifícios Inteligentes, algumas outras podem ser utilizadas para checar o atendimento aos aspectos cruciais nesta configuração, como sustentabilidade, eficiência energética e inovação.

 

O LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um dos mais conhecidos em todo o mundo e contempla desde o uso racional de recursos, como água e energia elétrica, ao uso de materiais e qualidade do ar. Já o BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) avalia o desempenho ambiental de edifícios em todas as fases do seu ciclo de vida, desde o projeto até a operação. O WELL Building Standard direciona o foco para a saúde e o bem-estar dos ocupantes, avalia aspectos como qualidade do ar, água, luz, conforto acústico, nutrição e atividade física. E ainda há o AQUA-HQE, uma referência em sustentabilidade para edificações no Brasil, considerando energia, meio ambiente, conforto ambiental e saúde.

 

Agora conta pra gente: você também está de olho nos quesitos que fazem um condomínio comum ser considerado um verdadeiro Smart Building? Compartilhe com a gente nos comentários e vamos trocar.

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