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Num mundo de ChatGPT e afins, como a Inteligência artificial pode ajudar os condomínios?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 17/10/2023

Graymatics
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A vida nos condomínios modernos está passando por uma profunda transformação, impulsionada pela rápida evolução da tecnologia e da inteligência artificial. Essas inovações estão desempenhando um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida dos moradores, na eficiência da gestão condominial e especialmente na segurança das instalações.

 

A segurança é uma das maiores preocupações em qualquer condomínio. E a tecnologia e a inteligência artificial estão trazendo avanços significativos nesse aspecto. Câmeras de vigilância inteligentes equipadas com IA podem detectar atividades suspeitas e alertar automaticamente os responsáveis pela segurança ou até mesmo acionar as autoridades. Além disso, sistemas de controle de acesso baseados em biometria, reconhecimento facial, ou cartões inteligentes garantem que apenas pessoas autorizadas tenham acesso às áreas comuns, aumentando a segurança dos moradores.

 

Atualmente, no mercado, já existem diversas opções de tecnologias com IA para a segurança. Uma delas é a da Graymatics, uma das principais empresas de processamento cognitivo multimídia do mundo, que oferece diversas soluções de monitoramento e segurança. O seu sistema de câmeras de segurança categoriza atividades potencialmente suspeitas com base nas análises em que foi previamente treinado. Pode, por exemplo, identificar intrusos em áreas restritas de um edifício, monitorar objetos indesejados nas proximidades e emitir alertas em caso de incidentes suspeitos. Inclui recursos para detectar multidões, vandalismo e violência individual, com posterior geração de alertas. 

 

“Também aumenta a segurança do edifício utilizando reconhecimento facial para identificar residentes ou visitantes, receber alertas de visitantes não autorizados e rastrear indivíduos ou objetos suspeitos. Para monitorar as instalações e bens, o sistema identifica automaticamente comportamentos suspeitos. Se for detectado vandalismo, ele envia imediatamente uma notificação em tempo real ao pessoal de segurança e ativa o sistema de alarme”, afirma Eduardo Vargas, Business Development Manager da Graymatics no Brasil.

 

A tecnologia para a gestão de condomínios e edifícios é um dos principais produtos da empresa, com mais de 70 clientes. E as vantagens são muitas.

 

“Os benefícios variam de acordo com as necessidades específicas de cada condomínio, mas geralmente as necessidades básicas são consistentes: segurança e controle de acesso. Em vez de depender de uma grande força de trabalho para monitorar manualmente diversas câmeras e ficar exposto a erros humanos, todas essas tarefas são automatizadas. Esta abordagem leva à economia de tempo e custos, produz melhores resultados em termos de acesso de veículos e pessoal, maior eficiência dos funcionários, limpeza do condomínio, detecção de danos materiais, salvaguarda de áreas restritas e muitos outros benefícios”, completa Eduardo.

 

Entre tecnologias de controle de acesso, o “Leitor Facial Porter”, do Porter Group, é um dos mais utilizados nos condomínios e transforma o rosto dos moradores em “chave de acesso” para a entrada. A tecnologia de reconhecimento facial do grupo já está disponível para mais de 1,7 mil prédios comerciais e residenciais no país, e contabiliza cerca de 200 mil moradores cadastrados para leitura facial. 

 

“Além da facilidade de uso, o leitor facial é capaz de ajudar as pessoas que têm pressa para acessar o edifício onde moram sem ter a necessidade de se expor a riscos ao procurar chaves, controles ou tags de acesso para abrir o portão. Nosso leitor facial permite destravar a porta em menos de 3 segundos até em locais de baixa luz. A tecnologia também possui sistema anticlonagem que aumenta o nível de segurança nos pontos de entrada”, diz Fábio Beal, CEO do Porter Group.

 

O empresário e síndico profissional desde julho de 2015, Lucas Tostes, recentemente implementou uma tecnologia de reconhecimento facial no Condomínio Maramar, no bairro do Recreio, no Rio de Janeiro, que possui 600 unidades e cerca de 70 funcionários. 

 

“Optamos pelo Control Condo da Superlógica por ser um sistema atrelado ao APP do condomínio para comunicação e reserva de áreas. O impacto entre os moradores foi muito positivo, pois agilizou a entrada no fluxo, reduzindo a espera e aumentando a segurança, até mesmo para os funcionários terem mais tempo de verificar os acessos”, explica.

 

De acordo com informações divulgadas pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), o Fórum Econômico Mundial projeta que o PIB mundial terá um aumento de 14% em 2030, resultado de uma maior utilização de IA nas indústrias e em soluções cotidianas.

 

Para além das ferramentas de segurança, de maneira geral, a inteligência artificial também vem sendo acoplada a sistemas de organização para gerar uma melhoria na gestão dos condomínios, principalmente no que se refere a ferramentas de automação, que propõem soluções como notificações automáticas, pagamentos facilitados, etc. 

 

Não exatamente ligado à inteligência artificial, mas sim à tecnologia de maneira geral, Lucas Tostes também desenvolveu um sistema para condomínios chamado SYNDWEB, que propõe diversas facilidades ao síndico. 

 

“O síndico/empresa síndica e os prestadores são notificados antes dos vencimentos das obrigações tanto mensais como periódicas, tais como limpeza de reservatórios, dedetização, manutenção de equipamentos de prevenção e incêndio, datas de assembleia, laudo de autovistoria, relatório dos elevadores, férias dos funcionários, contas fixas dos contratos e concessionárias, etc. As contas, por exemplo, são enviadas para pagamento via sistema. Além disso, é possível abrir ordens de serviços para acompanhamento de demandas do condomínio, como compra de monitor, alguma questão de departamento jurídico, questões financeiras e de estorno, cotação de obra, entre outros”, explica.

 

Administrando 29 condomínios em sua empresa, o síndico profissional viu outros avanços após implementar o sistema. “Uma redução de um funcionário do backoffice e vantagens indiretas diversas, prevenindo erros e falhas. Representa uma economia direta de R$36 a R$40 mil ao ano para a empresa”, diz.

 

Que a inteligência artificial e as tecnologias vieram para ficar nos condomínios, não restam dúvidas. 

 

“Esta tendência é evidente pelo aumento significativo da procura destes serviços na gestão de edifícios. A tecnologia simplificou, de várias maneiras, as tarefas de gestão e melhorou notavelmente a sua qualidade. Além disso, a segurança tornou-se uma preocupação crescente, o que levou à procura de alternativas e soluções, especialmente em comunidades emergentes que enfrentam uma maior exposição à violência. Isto não só agrega valor para os residentes, mas também resulta em economia de custos para a gestão”, conclui Eduardo Vargas.

 

Por: Mario Camelo

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