Da ficção científica para a realidade: prédios inteligentes são tendência
Por Cidades e Serviços
Última atualização: 17/11/2022
Tecnologia
Funcionando a partir da conectividade entre IoT, sensores e nuvem, os Smart Buildings oferecem soluções integradas de tecnologia, tornando os ambientes mais seguros, econômicos, sustentáveis e confortáveis
O clássico desenho “Os Jetsons”, lançado em 1960, marcou gerações por apresentar ao público um futuro onde a tecnologia revolucionou o mundo. Nele, George Jetson, sua esposa Jane, seus filhos Elroy e Judy, o cão espacial Astro e a empregada robô, Rosie, moravam em uma cidade futurística no ano de 2062, repleta de dispositivos automatizados que facilitam a rotina da família. Mais de meio século após a estreia da animação, o apartamento moderno dos personagens, antes classificado como mera ficção científica, hoje se assemelha à realidade conectada dos residenciais inteligentes, que são tendência no país.
Os prédios inteligentes, ou Smart Buildings, são assim chamados por oferecer soluções integradas de tecnologia aos moradores, tornando os ambientes mais seguros, econômicos, sustentáveis e confortáveis. Eles funcionam a partir da conectividade entre IoT (Internet das Coisas), sensores e nuvem para monitorar e controlar remotamente sistemas de segurança, iluminação, hidráulicos, aquecimento, condicionadores de ar, alarmes de incêndio, entre outros.
No Brasil, a maior concentração de edifícios inteligentes está localizada na Grande São Paulo, porém projetos no perfil se espalharam de forma consistente pelo Nordeste e Sul do país. Um exemplo é na Bahia, que possui empreendimentos assinados por empresas como o Grupo Civil, que atua há mais de 60 anos no ramo de construção. “Começamos a implementar o padrão smart buildings nos nossos edifícios comerciais, como o Civil Towers e o Arbus (ambos em Salvador), e a partir daí, prosseguimos sempre agregando soluções inteligentes nos novos empreendimentos”, afirma Gabriela Vita Sá, gerente de Incorporações da Civil.
A empresa é responsável pelos residenciais Jazz, Lucce, Nau e Cedro, que contam com tecnologias sofisticadas e extremamente modernas, que viabilizam mais sustentabilidade e economia. “São prédios entregues com soluções inovadoras de engenharia, capazes de proporcionar aos usuários mais comodidade, qualidade de vida e aumento da eficiência energética, a exemplo da central de filtragem das águas, vagas com infraestrutura para carros elétricos e o sistema de drop-off. O resultado desses upgrades é a redução dos impactos ambientais e dos custos de condomínio e IPTU”.
Localizado no bairro da Graça, área nobre da capital baiana, o edifício Lucce possui vários equipamentos de automação: captação e reuso de água da chuva na irrigação automática; infraestrutura para carro elétrico; iluminação LED, sensor de presença e torneiras com fechamento automático nas áreas comuns; sistema de filtragem de água; sistema Grundfos de bombeamento de alta eficiência; placas fotovoltaicas para produção de energia e elevadores inteligentes com baixo consumo de energia.
Uma pesquisa recente realizada em parceria com o Datafolha aponta que a maioria dos brasileiros não apenas busca soluções tecnológicas para seus lares, mas também que sejam sustentáveis e seguras. O resultado do Censo mostrou que 73% dos entrevistados gostaria de ter painel de energia solar em suas residências, por exemplo, enquanto 60% deseja adquirir reservatórios para captar e armazenar água da chuva. A pesquisa também revela o desejo por sistemas de câmera de segurança (59%), alarmes (53%), fechadura eletrônica (45%), sistema de luz controlada por aplicativo (42%) e assistente virtual com comando de voz (29%).
“Essa busca é extremamente positiva, advinda de clientes que procuram por tecnologia como item de conforto e para aqueles que buscam também por economia. A exemplo do Lucce, que possui IPTU verde devido aos seus itens de tecnologia e sustentabilidade, demandando em uma redução de 5 a 10% do valor do IPTU das unidades. A demonstração dessa busca é o percentual de 88,9% de unidades vendidas do Lucce, antes mesmo do término da obra em julho/2022”, garante.
Para quem deseja morar no edifício, os custos de condomínio são reduzidos em cerca de 35% em relação a um edifício comum, sem perder nenhum item de conforto ou lazer presente na maioria dos edifícios de alto padrão, de acordo com Gabriela Vita Sá. “O Lucce conquistou, em Assembleia, um custo de condomínio de R$ 770,00/mês, se diferenciando quando comparado a qualquer outro condomínio da região da Graça”.
E no quesito segurança?
Quando se fala em prédios inteligentes, outra grande vantagem é no reforço da segurança para os moradores, como explica Sami Roumieh, fundador da GSC, empresa que atua na área de proteção eletrônica há 23 anos. “Além do aumento da segurança, o gerenciamento do condomínio em uma única plataforma permite maior controle. É possível informar o responsável imediatamente de uma maneira automática, sem a interferência do ser humano, trazendo customização, gerando economia e inibindo ações”, garante.
São diversos tipos de tecnologia empregados pela empresa na proteção do lar. “Na solução de alarme, ativação e desativação com recebimento de notificação através de aplicativo no celular. Gravação de imagens ao disparar o alarme de uma maneira inteligente. Câmeras inteligentes para análise customizada de acordo com a necessidade de cada cliente. Controle de acesso sem toque através de reconhecimento facial ou palma da mão”, explica o empresário.
Por: Fabiana Oliva