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Transformação digital

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 13/10/2020

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Cintia Laport

A transformação digital é um dos temas mais abordados dentro das empresas nos dias de hoje. Parte por toda a mítica sensação futurista que cerca o assunto em relação ao desconhecido e que instiga pela curiosidade, e parte também pelo receio de muitos empresários de que a sua organização consiga acompanhar os novos tempos que, na realidade, já são tempos de hoje. Alguns termos como Machine Learning ou Omnichannel saíram dos guetos das startups e ganharam as conversas mesmo daquelas instituições mais tradicionais. Todo mundo passou a procurar bibliografia sobre o tema e a buscar consultorias profissionais que pudessem traduzir o caminho rumo ao digital.

Fátima Dias, sócia proprietária da WT+F8, consultoria especializada em desenvolvimento empresarial, mestre em Administração de Empresas pela COPPEAD/UFRJ e formada em Estratégia Empresarial pela Kellogg School of Management – Northwest University é uma dessas especialistas, que ajuda o mercado a se preparar diante deset novo horizonte sem medo ou traumas. Confira através dessa breve entrevista alguns dos pontos mais debatidos sobre a TD no dias de hoje e reflita em qual estágio se encontra.

 

SÍNDICO: De acordo com o Fast Company, portal norte-americano de notícias com foco em tecnologia e inovação, até 2020 a geração Z (nascidos no final da década de 1990 até 2010) representará 40% de todos os consumidores no mundo. Na sua opinião, o mercado está se preparando para isso?

Fátima: Nós acreditamos que muitas empresas já estão se preparando para esta realidade. No entanto, pela nossa experiência, sabemos que a grande maioria ainda não revisou seus planos de futuro para tal.

 

SÍNDICO: De forma geral, como definir o conceito de Transformação Digital e por que ela é tão importante?

Fátima: A transformação digital é uma nova forma de pensar e de fazer. O mundo digital não é o mundo do futuro, mas sim o de agora. Já somos digitais. Fazer esta transformação é importante porque significa reconhecer a realidade e dominar o contexto em que as empresas estão inseridas. Caso contrário estas empresas estarão trabalhando para o passado.

 

SÍNDICO: Como a transformação digital irá afetar as relações entre empresas e consumidores?

Fátima: Mais acesso. Maior velocidade. Maior aceleração. Mais abrangência. Mais automação. Mais autonomia. Todas estas ideias impactam a relação entre as empresas e os consumidores e deveriam construir um alcance e engajamento maiores. Estimular a colaboração, aumentar a conexão entre a oferta e demanda transformará e ampliará os ecossistemas.

 

SÍNDICO: Fale, por favor, das fases da transformação digital ao longo dos anos. Como se deu essa evolução até chegarmos aqui?

Fátima: O computador pessoal, a disseminação da internet, o uso do e-mail, o iPod, o iPhone, o Google, as redes sociais e as plataformas digitais. Esta é a cronologia. Muito rápida quando comparada com outros movimentos de evolução da história.

 

SÍNDICO: A inteligência artificial é algo que desperta a atenção de muita gente mas também provoca muitos receios. O que você poderia falar sobre isso?

Fátima: Em relação ao receio quanto à inteligência artificial, costumamos dizer aos nossos clientes que temos duas opções: apaixonar-se ou apavorar-se. Diante do inevitável, a melhor escolha é aceitar e apaixonar-se. A IA foi criada por nós, como resposta a uma necessidade da sociedade em que vivemos.

 

SÍNDICO: Como os profissionais devem se preparar para a TD?

Fátima: Para começar… sem medo, pelo contrário! Depois, entendendo seu significado, avaliando como isto impacta seu contexto e buscando aprofundar o conhecimento relativo. Aprender a fazer as perguntas certas vai ser fundamental.

 

SÍNDICO: Como identificar a maturidade das empresas em relação à transformação digital?

Fátima: Investimos muito tempo no estudo desta transformação e estudamos vários métodos para identificar a maturidade digital nas empresas. Este método consiste fundamentalmente em analisar a forma como cada empresa estabelece a relação entre oferta e demanda.

 

SÍNDICO: E para aquelas que pretendem ainda começar esse movimento? Pela sua experiência, quais seriam os principais desafios durante este processo?

Fátima: Entender o contexto com profundidade, analisar o risco de disrupção, avaliar suas vulnerabilildades e definir um caminho, uma visão de futuro, clara, poderosa e escalável.

 

SÍNDICO: O conceito de “experiência do cliente” é considerado por muitos como um dos pontos mais importantes neste novo mercado impulsionado pela TD. Você concorda com isso?

Fátima: Sem dúvida! As empresas existem para gerar valor para os clientes. Se não for assim, elas não existirão. Por mais óbvio que seja, por mais antigo que seja este conceito, quando olhamos como as empresas funcionam, é comum a lógica de construção de valor sob a ótica da capacidade interna e não do que realmente o cliente deseja.

 

SÍNDICO: O que a TD poderá contribuir com o quesito “eficiência operacional” dentro das empresas?

Fátima: O uso das lógicas de automação, de desintermediação, de preditividade, de virtualização e de precisão podem transformar o modelo operacional e gerar enormes ganhos para as empresas.

 

SÍNDICO: A TD está centrada em única área específica, como TI, ou não? De quem é essa responsabilidade?

Fátima: Tecnologia faz parte da transformação, é um dos motores que a impulsionam, mas é errado, completamente errado, achar que a transformação é uma questão tecnológica. Estamos falando de estratégia, modelos de negócios, novas proposições de valor e uma grande mudança de cultura organizacional.

 

SÍNDICO: Mais do que o uso da tecnologia, a TD envolve reestruturação de processos e a adoção de uma cultura digital, certo? E quando a gente fala em cultura sabemos não é tarefa simples virar uma chave… É comum muita intenção e pouca ação na prática? O que fazer?

Fátima: Esta mudança precisa realmente envolver os acionistas do negócio. A coerência e o envolvimento das pessoas com a renovação das premissas e práticas, sustentando por uma análise profunda das crenças. Sem isto, as mudanças não acontecem.

 

SÍNDICO: O que vem por aí em relação à transformação digital? E como empresas e pessoas comuns se manterão atualizados?

Fátima: Imaginar que, em 2025, os millenials vão ser a principal força econômica do mundo, que para quase tudo existirá uma plataforma e que elas serão exponenciais. Reconhecer que a interação das pessoas com as máquinas será por voz e que todas as coisas terão sensores, aponta um cenário bem interessante. Manter-se atualizado é sempre um desafio e pressupõe mentes abertas, diversidade nas competências, foco verdadeiro nos clientes e na colaboração. Cuidado com a miopia, não evitar a dor da mudança, muita atenção a inércia e sempre, sempre buscar clareza no propósito e na estratégia.

Vamos descomplicar?

Para ajudar você a ficar por dentro e entrar na conversa com propriedade, listamos abaixo as palavras e expressões mais comuns que normalmente são usadas quando se fala na 4ª revolução industrial.

AI – Artificial Intelligence é a tradução para o inglês de Inteligência Artificial.

Analytics – é a oportunidade de interpretar dados e a partir deste estudo ter a segurança necessária para tomar decisões mais assertivas.

Big Data – refere-se ao grande volume de dados que as empresas recebem todos os dias. Esta quantidade significativa de informações pode ser usada para obter insights que podem definir novas estratégias e melhores decisões no negócio.

CRM – é a sigla em inglês de Customer Relationship Management, em tradução livre algo como “gestão de relacionamento com o cliente”. Esta abreviação é usada para definir os softwares que realizam este tipo de trabalho.

Chatbot – é um software criado para simular um humano numa conversa ou atendimento virtual. Ajuda a responder aquelas perguntas que todo mundo faz – e que roubam tempo de um profissional que poderia estar produzindo muito mais em outra função.

Data Scientists – é uma das novas profissões que estão surgindo devido à transformação digital. É um profissional que lidera os processos de análise de dados, que tem grande experiência com negócios e estatísticas, para assim fornecer insumos para tomadas de decisão.

ERP – é a sigla em inglês de Enterprise Resource Planning, algo como Planejamento dos Recursos da Empresa. Trata-se de um sistema de gestão empresarial, responsável por cuidar de todas as atividades diárias de uma empresa de forma integrada.

Feed – é a linha do tempo onde aparecem as informações das pessoas com quem você se relaciona nas redes sociais.

HCM – é a sigla de Human Capital Management, que significa em português Gestão de Capital Humano. Trata-se do software responsável por automatizar todos os processos referentes aos colaboradores de uma empresa.

IA – é a sigla de Inteligência Artificial, um ramo da ciência da computação que se propõe a criar dispositivos que simulem a capacidade humana – raciocinar, perceber, tomar decisões, resolver problemas. Ou seja: a capacidade de ser inteligente.

Internet das coisas – trata-se da revolução tecnológica que visa conectar tudo que usamos no dia a dia à internet. Relógios e dispositivos móveis são alguns dos que já estão completamente inseridos na nossa realidade atual, mas ainda há muita coisa vindo por aí.

IoT – é a abreviatura de Internet das Coisas em inglês, ou seja, Internet of Things.

Jornada do comprador – é como se chama o caminho que um potencial cliente inicia desde detectar um problema até encontrar a solução – e tornar-se efetivamente cliente.

Keyword – traduzida para o português como palavra-chave, trata-se de uma palavra que comumente é usada nos motores de busca para encontrar sua empresa.

Lead – é como são chamadas as pessoas que são tidas como potenciais clientes e que já estão cadastradas no seu banco de dados por já haverem demonstrado interesse.

Machine Learning – expressão em inglês para “aprendizado de máquina” é a capacidade que alguns sistemas têm de modificar seu comportamento tendo como base sua própria experiência.

Net – no Brasil é um apelido comum para “internet”.

Omnichannel – é um conceito que afirma que para transformar a experiência de um cliente, é necessária a integração de todos os canais de comunicação, de forma fluida e eficiente.

PME – sigla para “pequenas e médias empresas”.

QR-Code – sigla para “quick response” em inglês ou “resposta rápida” em português, trata-se de um código que pode ser escaneado e convertido em textos, endereços URL, números de telefone, localizações, e-mails, contatos ou sms.

Responsividade – é a capacidade de sites, aplicativos e softwares serem acessados de diferentes aparelhos (dispositivos móveis, tablets, desktops etc) sem perder a qualidade.

ROI – sigla em inglês para Return On Investment ou em português “retorno sobre investimento” significa basicamente o lucro atingido a partir de um determinado investimento financeiro.

SEO – sigla em inglês para Search Engine Optimization ou “otimização de motores de pesquisa”. Trata-se de estratégias criadas para posicionar as páginas de web nos motores de busca, de forma orgânica, de maneira a serem mais acessadas.

TMS – sigla em inglês para Transportation Management System ou “sistema de gerenciamento de transportes”, é o sistema utilizado para integrar toda a logística de transportes de uma empresa.

UX – sigla em inglês para “User Experience”, trata-se do processo de melhoria da satisfação dos usuários através da usabilidade, acessibilidade e interação.

WMS – sigla em inglês para Warehouse Management System ou “sistema de armazenamento de armazém”. Trata-se do sistema utilizado para gerir estoques.

XML – extensão que estrutura as informações de forma que permite tanto a leitura humana quanto dos computadores.

Z – é a denominação dada para a geração que até hoje vai viver mais intensamente a transformação digital – são os nascidos entre 1990 e 2010.

Fonte: www.senior.com.br

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