PUBLICIDADE

Sob pressão

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 30/09/2024

Imagem site C&S
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Bombas d’água em condomínios precisam de cuidados recorrentes. Confira dicas 

 

Por Mario Camelo

Imagine chegar em casa após um dia cansativo e descobrir que não há uma gota de água na torneira. Esse é um cenário que nenhum morador gosta de se deparar, e, para evitá-lo, é preciso que o síndico garanta um cuidado adequado com a bomba d’água do condomínio.

 

Dono da JM Manutenção, empresa especializada em elétrica e bombas d’água, João Marcos Ferreira Miguel Paixão explica que, antes de tudo, é preciso entender quais são os tipos de bombas d’água. As mais comuns utilizadas em condomínios são as autoaspirantes e as bombas com pré-filtro. “As bombas autoaspirantes são, geralmente, usadas em cisternas para puxar a água e enviá-la para a caixa d’água no topo do prédio. Já as bombas com pré-filtro, que possuem um sistema de filtragem adicional, são frequentemente utilizadas em piscinas para manter a água limpa e em circulação.”

 

No momento da instalação do equipamento, ele destaca que uma questão essencial é considerar a distância que a água vai percorrer e a capacidade dos canos. “Se instalarmos uma bomba com potência muito maior do que a capacidade dos canos, eles podem estourar devido à pressão excessiva. Cada modelo de cano suporta um nível específico de pressão, por isso é crucial prestar atenção a esses detalhes.”

 

Em relação à manutenção, Miguel orienta que é muito importante verificar se há barulhos anormais e se a bomba não está operando sem água. “A manutenção preventiva é essencial. A bomba deve ser retirada e levada para a retífica pelo menos duas vezes ao ano,” recomenda.

 

Para economizar energia e reduzir custos operacionais, o profissional sugere a automatização do sistema hidráulico: “Automatizar todo o sistema é uma boa prática, pois ele só será utilizado na hora certa, quando há necessidade”, diz.

 

Síndicos devem ficar atentos a erros sobre o tema, diz especialista

 

Engenheiro de controle e automação com mais de 16 anos de experiência no mercado de manutenção, Danilo Alves alerta que os síndicos devem ficar atentos a alguns erros recorrentes na gestão de bombas de água.

 

“Os maiores erros relacionados à gestão de bombas de água em condomínios incluem negligenciar a manutenção regular, o que pode resultar em falhas inesperadas e custos elevados de reparo. Outro erro comum é instalar bombas inadequadas, sejam elas subdimensionadas ou superdimensionadas, podendo causar problemas de operação e eficiência. Além disso, não se deve ignorar sinais de alerta, que podem indicar problemas sérios. Por fim, vale sempre consultar especialistas; decisões técnicas, como a escolha e instalação de bombas, devem ser acompanhadas por profissionais qualificados para garantir o melhor desempenho e segurança.”

 

Ele destaca que a manutenção preventiva deve ser feita, no mínimo, a cada seis meses. No entanto, em condomínios maiores ou com maior demanda, é recomendado que a manutenção seja feita trimestralmente. Manutenções regulares ajudam a identificar e resolver problemas antes que eles se tornem críticos, prolongando a vida útil da bomba.

 

“Alguns sinais indicam que uma bomba d’água precisa de manutenção ou substituição. Ruídos anormais podem sugerir problemas mecânicos, como rolamentos danificados, sujeira ou desgaste natural das peças. A vibração excessiva pode ser um sinal de desalinhamento ou falha nos rolamentos. Redução na pressão ou no fluxo de água pode indicar problemas internos, como desgaste das hélices. Além disso, o aumento no consumo de energia pode ser um indício de que a bomba está trabalhando mais para realizar a mesma função, possivelmente devido a problemas internos.”

O especialista ressalta que a integração dos sistemas de bombeamento com a automação predial oferece benefícios significativos. “Essa integração permite o monitoramento remoto e em tempo real das operações, ajustando o funcionamento das bombas conforme a demanda. Isso não só otimiza o uso de energia, mas também detecta problemas precocemente, possibilitando intervenções rápidas e eficazes.”

 

Alves recomenda algumas práticas para garantir a segurança e a eficiência energética no uso de bombas d’água. O uso de inversores de frequência, por exemplo, é recomendado para ajustar a operação da bomba conforme a demanda e economizar energia. “Monitorar o consumo de energia é essencial para identificar qualquer aumento inesperado que possa indicar problemas. Instalar proteções contra surtos de tensão é crucial para proteger os componentes elétricos da bomba. Além disso, seguir as especificações do fabricante é fundamental para garantir que a bomba opere dentro dos parâmetros seguros e eficientes.”

 

“Existem inovações, como os inversores de frequência, que ajustam a velocidade da bomba conforme a demanda, economizando energia. Também há bombas inteligentes que, além de realizarem o revezamento automático, conectam-se a sistemas de automação predial, permitindo monitoramento em tempo real e ajustes automáticos para maximizar a eficiência e reduzir os custos operacionais,” conclui o engenheiro.

 

Quatro sinais de que a bomba d’água pode estar com algum problema:

  • Ruídos anormais: Podem indicar problemas mecânicos, como rolamentos danificados, sujeiras ou desgaste natural das peças.
  • Vibração excessiva: Pode ser um sinal de desalinhamento ou falha nos rolamentos.
  • Redução na pressão ou fluxo de água: Pode indicar problemas internos, como desgaste das hélices.
  • Aumento no consumo de energia: Pode ser um indício de que a bomba está trabalhando mais para realizar a mesma função, possivelmente devido a problemas internos.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE