Busca por mais espaço
A pesquisa também corrobora a percepção de que imóveis maiores têm sido mais procurados para aluguel, desde que o trabalho híbrido ficou consolidado entre boa parte das empresas.
Como o g1 mostrou em agosto, quem trabalha nos principais polos empresariais de São Paulo se acostumou a um novo padrão de quintas-feiras agitadas.
Do trânsito nas ruas pela manhã até os bares lotados à noite, é notável como o comportamento de ir ao escritório mudou desde o retorno ao trabalho presencial, após as flexibilizações de protocolos da pandemia de Covid.
Além disso, as empresas apertaram o cerco e passaram a requisitar a presença dos funcionários em mais dias da semana. Isso reforçou o conceito da “semana de deputado”, com preferência por dar as caras às terças, quartas e quintas-feiras.
O modelo demanda que a moradia tenha espaços específicos para a rotina de trabalho nos demais dias da semana. E os resultados aparecem nos dados de valorização de apartamentos com dois e três dormitórios.
“A nova dinâmica de trabalho, com os modelos remoto e híbrido ainda muito presentes, fez com que a valorização de apartamentos maiores ganhasse destaque”, aponta o relatório.
“Se antes os imóveis de um dormitório eram muito mais procurados, por conta da facilidade de acesso aos grandes centros logo após a pandemia, essa realidade tem se alterado.”
Em São Paulo, os imóveis com um dormitório tiveram alta acumulada de 8,42% no ano passado. Já os de dois e três dormitórios valorizaram 11,39% e 12,1%, respectivamente.
A tendência é mais fraca em cidades com oferta mais apertada de novos imóveis. No Rio, por exemplo, os apartamentos de um quarto ainda seguem em uma crescente: alta de 16,29% contra 13,01% para dois e de 13,29% para três dormitórios.
São Paulo
- 1 quarto: 8,42%
- 2 quartos: 11,39%
- 3 quartos: 12,1%
Rio de Janeiro
- 1 quarto: 16,29%
- 2 quartos: 13,01%
- 3 quartos: 13,29%
Curitiba
- 1 quarto: 24,44%
- 2 quartos: 20,98%
- 3 quartos: 16,85%
Belo Horizonte
- 1 quarto: 14,23%
- 2 quartos: 26,17%
- 3 quartos: 23,8%
Porto Alegre
- 1 quarto: 13,19%
- 2 quartos: 12,28%
- 3 quartos: 17,86%
Brasília
- 1 quarto: 10,4%
- 2 quartos: 9,64%
- 3 quartos: 10,67%
Fonte: G1