Diminui o volume de imóveis vazios para alugar no Rio
Por Cidades e Serviços
Última atualização: 19/05/2022
Locação
Leme foi o bairro mais valorizado em fevereiro, segundo pesquisa
Segundo especialista, mercado de imóveis residenciais para alugar no Rio vem tendo uma recuperação contínua.
Após quase dois anos, a taxa de imóveis vazios disponíveis para aluguel e à espera de um inquilino voltou ao patamar anterior à pandemia: 14,7%. Segundo estudo da Apsa, dos 16 bairros analisados, 14 continuam a se valorizar. Em fevereiro, por exemplo, o Leme foi o bairro onde o aluguel mais subiu. Já com relação ao mês de janeiro, os anúncios de imóveis estavam 8,86% maiores, chegando ao valor de R$ 43,86 o metro quadrado (m²) para aluguel. Ou seja, a locação mensal de um imóvel de 100 m² no Leme custa em média R$ 4.386. É uma tentativa de recuperação do ano anterior, em que o percentual na região aumentou apenas 3,98%.
De acordo com a pesquisa, o segundo bairro que mais subiu foi o Maracanã (8,22% o m², chegando a R 25,42). Um imóvel de 100 m² no bairro sai na faixa de R$ 2.542, quase a metade do valor do Leme. Em terceiro lugar está a Barra da Tijuca com 5,78%, o que significa que um apartamento de 100 m² na região é negociado a R$ 5.348, valor abaixo apenas do Leblon e Ipanema, que custam em média respectivamente R$ 7.267 e R 7.403 por mês no aluguel.
“O mercado de imóveis residenciais para locação no Rio de Janeiro vem tendo uma recuperação contínua, com aumento das unidades alugadas. A taxa média de vacância do mês de dezembro estava em 17,7%. E agora volta perto dos 14% verificados antes da pandemia. Esse resultado também vem de mais descontos e facilidades que os proprietários ofereceram para recuperar o mercado”, analisa Jean Carvalho, gerente geral de Imóveis da Apsa.
Locação com até três meses grátis
Para quem está de olho em um imóvel para alugar com condições especiais, a Administradora Renascença oferece até o dia 28 de maio mais de 1 mil unidades com possibilidade de até três meses de aluguel grátis em um feirão nas lojas e nas redes sociais da empresa. A maioria dos imóveis residenciais, de acordo com Edison Parente, vice-presidente Comercial da administradora, é de apartamentos de dois e três quartos, com metragem média de 70 m2 e valores médios de R$ 700 a R$ 1.500. Já as salas comerciais têm tamanho médio de 30 metros quadrados e preços que vão de R$ 500 a R$ 2 mil. O prazo dos contratos pode variar entre 12 e 30 meses, dependendo do imóvel e do tipo de locação. As oportunidades estão em regiões como Jacarepaguá, Tijuca, Suburbana, Campo Grande, Botafogo, Copacabana, Flamengo, além da Baixada Fluminense.
Cuidados na negociação
O advogado Leandro Sender dá algumas dicas para uma negociação segura. A primeira delas é analisar com muito cuidado todo o contrato de locação, verificando as obrigações e os deveres de cada contratante. “Esta cautela tem como objetivo impedir a inclusão de cláusulas abusivas que coloquem o inquilino em uma posição de desvantagem. Sugiro também que seja analisado o prazo de vigência do contrato, valores e índices de reajustes, regras para desistência, garantia oferecida, obrigações e deveres de cada uma das partes e penalidades em caso de atraso no pagamento e rescisão antecipada”, ressalta Sender.
Outro ponto que merece atenção, de acordo com o especialista, é a necessidade de uma minuciosa vistoria do imóvel. “Antes de alugar o imóvel, é importante apontar todos os defeitos visíveis existentes. Assim tratando-se de locação, o proprietário deve se responsabilizar por sanar todos estes vícios. Os principais itens que merecem atenção são vazamentos, pontos de mofo, infiltrações, estado das louças e eventuais móveis, janelas, pintura e sistema hidráulico e elétrico”, explica o advogado.
Além disso, ele orienta que o interessado deve pesquisar bem o imóvel, analisando a quantidade de vagas de garagem vinculada à unidade, a existência de área de lazer e o valor da cota condominial. “Vale também pesquisar sobre a vizinhança de uma maneira geral, verificando trânsito, segurança e comércio nas proximidades”, recomenda Sender.
Fonte: O DIA