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Portaria remota pode reduzir custo do condomínio em até 60%

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 05/11/2021

Biometric technology background with fingerprint scanning system on virtual screen digital remix
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A presença física de porteiros tem sido substituída em empreendimentos da cidade pela chamada portaria remota (ou virtual). A redução de custos com a folha de pagamentos de funcionários é o principal fator apontado por condomínios, mas nem todos estão aptos a receber esse tipo de sistema. Antes da decisão, é preciso avaliar o perfil do edifício.

A portaria remota funciona por meio de um sistema complexo de câmeras de alta resolução e biometria, fechaduras com travas automáticas e dispositivos de controle de acesso conectados à internet. A tecnologia permite o monitoramento 24 horas do fluxo de entrada e saída de pessoas nos prédios.

Nesses modelos, diferentemente das portarias automatizadas (que utilizam interfone e câmeras), um profissional especializado faz o monitoramento à distância, numa central de atendimento, e entra em contato com o morador para saber se autoriza ou não a entrada de um visitante ou entregador.

O uso da ferramenta é uma tendência nos condomínios mais novos, segundo a gerente de Negócios da Apsa, Vanusa Vieira, e ainda pouco usual nos mais antigos, pelo alto custo que envolve. O principal deles, o valor da rescisão de funcionários, em geral, com anos de vínculo empregatício. Mas também é preciso levar em conta as obras de adequação do prédio para implementação do sistema, que precisam ser aprovadas em assembleia de moradores.

— Condomínios com poucos apartamentos optam por manter o empregado tipo ‘faz tudo’, que atende a demandas dos moradores fora do horário de trabalho e costuma morar no prédio. Mas há exemplos de alguns que aderiram à portaria remota e diminuíram o número de funcionários — diz Vanusa.

A automação das portarias pode reduzir o custo do condomínio em até 60% e ainda tem a vantagem de inibir o risco de invasões, pontua a gerente da administradora — mas há pontos negativos. Falhas na conexão da internet, por exemplo, impedem o sistema de funcionar, levando sensação de insegurança aos moradores.

O síndico profissional Paulo Maurício Wanderley, sócio da Wanderley Assessoria Empresarial, administra 14 prédios nas zonas Sul e Norte do Rio, um deles com 12 apartamentos e portaria remota. Nesse caso, os moradores optaram por transferir a economia obtida com a automação para um caixa destinado a obras de melhorias do prédio. Seis meses após a adoção da portaria virtual, o valor economizado chegou a R$ 180 mil, segundo ele.

— É uma solução que se encaixa perfeitamente em prédios com até 25 unidades. Nos de maior porte, a tecnologia pode não ser tão eficiente, porque há um número maior de pessoas circulando, o que demanda suporte presencial — avalia.

Integrante do conselho de moradores de um condomínio com portaria remota, Marcelo Sávio Ferreira diz que a tecnologia melhora o controle de acesso, mas, por outro lado, a presença do porteiro faz falta para os moradores mais idosos.

— A sensação de acolhimento é maior com a presença de um funcionário, e a segurança com a automação não é 100% garantida. Tem ainda o custo com a manutenção dos equipamentos, que demanda a visita de técnicos, em média, três vezes por semana — ressalta.

Câmeras reconhecem placas dos veículos: Ferramenta tecnológica permite monitorar entrada e saída 24 horas por dia

Alguns lançamentos do segmento econômico têm surfado na onda das portarias automatizadas. Um exemplo é o residencial Conceito, da CAC Engenharia e da Jeronimo da Veiga, em Nova Iguaçu, que tem seis blocos e está enquadrado no programa Casa Verde e Amarela.

No empreendimento, estão previstos sistemas que controlam entrada e saída de pessoas, incluindo câmera com reconhecimento das placas de veículos cadastrados, biometria no portão de acesso e possibilidade de controle de visitantes por meio de QRCode. Mas, ainda assim, a figura do porteiro não será totalmente eliminada, explica o diretor Comercial da Jeronimo da Veiga, Maurício Corrêa.

— A presença de um porteiro é cultural. As pessoas mais idosas, especialmente, gostam de ter ajuda para descarregar compras do carro ou abrir a porta do elevador, por exemplo. E ainda há a questão do relacionamento com o profissional — justifica.

O empreendimento terá 720 unidades distribuídas em seis blocos: três já foram entregues, e três estão em construção. Os imóveis prontos custam a partir de R$ 250 mil e, na planta, R$ 206 mil. Segundo Maurício, o residencial dispõe de área de lazer com complexo aquático, além de bicicletário e de oficina, com bicicletas e ferramentas compartilhadas.

 

Fonte: Extra

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