‘Abra-te, sésamo’: portões automáticos
Por Cidades e Serviços
Última atualização: 07/09/2015
Edição 222 Set/Out 2015, Edições
Gabriel Menezes
Foi-se o tempo em que o pleno funcionamento do portão automático de um condomínio significava apenas o conforto dos moradores. Cada vez mais, o equipamento é um aliado imprescindível para a segurança não só de quem está estrando ou saindo, mas de todos os condôminos – já que expõe o acesso ao interior do edifício. Por conta disso, o síndico precisa ficar atento e seguir algumas dicas para evitar problemas com ele.
Segundo Mário Sessler, diretor da PortaToldo – empresa especializada em portões comuns e automáticos – as principais causas de defeitos nos equipamentos, além da falta de manutenção, são relâmpagos ou falhas nas redes elétricas. “É imprescindível fazer uma inspeção a cada seis meses ou até menos, se o condomínio for grande. Nela, serão verificados cabos de aço e rolamentos e lubrificadas as partes móveis”, explica.
O especialista Renato Carneiro, sócio de uma empresa especializada em segurança eletrônica -, acrescenta que o mau uso também é o responsável por boa parte dos casos de defeitos. “É importante sempre deixá-lo percorrer todo o percurso, sem pará-lo no meio do caminho”, explica.
A atenção com o portão deve ser redobrada em casos de blecaute, pois a área acaba se tornando vulnerável para a entrada de criminosos. A recomendação é de que o condomínio disponha de lanternas e, se possível, um gerador de energia que permita que o equipamento continue em funcionamento. Se isso não for possível, é indispensável deslocar um funcionário para fazer a triagem de quem entra e sai durante esse período.
Basculante, deslizante e pivotante
Existem basicamente três tipos de portões para garagens, sendo que todos podem ser automatizados: o pivotante, com abertura para fora ou para dentro; o deslizante, que como o nome diz, desliza para o lado; e o basculante, que abre para cima.
O pivotante é o modelo mais simples. Sua vantagem é que não cria um limite de altura para o acesso. A desvantagem é o fato de ser o mais vulnerável quando alguém tenta abrir usando apenas a força braçal. Já o deslizante é ideal para locais com bastante espaço nas extremidades. Ele tem como ponto positivo também o fato de, em caso de defeito, poder ser manipulado de forma manual mais facilmente. Além disso, em alguns casos, é possível incluir uma entrada para pedestres independente.
O basculante tem como grande vantagem o fato de ocupar pouco espaço. Para Mário Sessler, diretor da PortaToldo, ele é o modelo que melhor atende os condomínios hoje. É o caso do Condomínio Quartier Carioca, no Catete – administrado pela Apsa – que possui portões basculantes e deslizantes.
Uma prática muito comum, segundo os especialistas, é de optar pela compra de uma peça em serralheria e depois a contratação de outra empresa responsável em acoplar a uma máquina automatizadora na hora de instalar um portão automático. Segundo Mário, “o que muitas pessoas não se dão conta é que hoje já existe a opção de comprar a portão basculante automático completo, não sendo mais necessário acoplar automatização na obra”, frisa.
O preço para a automatização de um portão pode variar de R$ 980 a R$ 1.680 para peças de até três metros de largura. “O preço da manutenção mensal, que é o que eu indico para condomínios, é de R$ 150 por mês”, diz Renato Carneiro. Outro ponto importante, no entanto, é o quesito manutenção. Segundo ele, a manutenção desse tipo de equipamento deve ser feita periodicamente com rigor. No Quartier, por exemplo, essa preocupação é levada a sério e acontece mensalmente. “Mesmo assim, de vez em quando, ainda ocorrem defeitos”, diz o gestor, Ismael Vidinha, ressaltando que o condomínio tem 868 apartamentos.
Tipos de portões automáticos
PIVOTANTE – É o modelo mais simples, que abre para os dois lados, seja para dentro (o mais recomendado) ou para fora. Sua vantagem é que não cria um limite de altura para entrada e saída. A desvantagem é que é o mais vulnerável quando alguém tenta abrir usando apenas a força braçal.
DESLIZANTE – Abre para o lado. Ideal para locais com bastante espaço nas extremidades. A grande vantagem é que, em caso de defeito, pode ser manipulado de forma manual mais facilmente. Além disso, em alguns casos, é possível incluir uma entrada para pedestres independente.
BASCULANTE – Abre para cima. A vantagem é que ocupa menos espaço.
Cinco dicas sobre o portão automático
1 – A manutenção deve ser feita, preferencialmente, todo mês, e nunca menos de que seis meses.
2- É possível contratar serviços de manutenção mensais por uma média de R$ 150.
3- É importante usar o equipamento de maneira correta. Interromper o processo de abertura ou fechamento antes da conclusão pode acarretar defeitos.
4- Outros fatores que causam defeitos frequentemente são piques de energia e relâmpagos.
5- Hoje, além de opções de automatização de portões comuns, já existem no mercado o portões com a automatização embutida.