PUBLICIDADE

Quando a beleza exterior importa… E muito

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 07/09/2014
,

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Texto: Gabriel Menezes

Áreas comuns bem planejadas e decoradas é o sinônimo de valorização dos imóveis de um condomínio. Por isso, a preocupação do síndico e dos outros moradores é ainda maior quando se trata dos locais que mais chamam a atenção, como a portaria e a fachada. “Antes de entrar no imóvel, um comprador observa o prédio, a fachada, a portaria, o play e a garagem. Se ele quiser principalmente um imóvel que caiba no bolso, até vai tolerar um edifício mal conservado e decorado. Mas, mesmo assim, esses pontos dificultarão o fechamento da venda do imóvel”, explica Rogério Quintanilha, gerente geral de vendas da APSA.

Foi pensando nisso que Vicente Cosentino, síndico do Condomínio Giselle II, na Tijuca, lutou para fazer a decoração e reforma da portaria e dos corredores. Para celebrar as mudanças, foi feita até mesmo uma festa de inauguração com os moradores. “Antes mesmo de ser síndico, já tinha dado a ideia de reformar a portaria. Quando assumi o cargo, apresentei uma proposta que foi aprovada por todos os moradores. O custo foi de aproximadamente 60 mil”, diz o síndico.

Ele explica que ter um bom projeto em mãos foi essencial para conseguir o apoio dos condôminos. “Para evitar transtornos, a minha dica para um síndico que queira fazer algo deste tipo é pesquisar uma firma confiável, ter um bom entrosamento com o responsável pela obra e, antes de tudo, fazer um caixa que atenda às despesas sem que seja um ônus muito pesado”, diz.

Em Niterói, o Condomínio Varandas das Dunas, em Camboinhas, também reformulou a sua portaria recentemente. O síndico, Guilherme Seabra Medeiros, conta que o que facilitou a viabilização do projeto foi o voto de confiança que os moradores depositaram nele para que decidisse sozinho todos os detalhes. “Se fôssemos discutir juntos, com certeza seriam horas e horas de reunião. Os moradores então deixaram que eu cuidasse de tudo. Como eu não entendo nada de decoração, transferi essa responsabilidade para os profissionais especializados. O resultado final agradou a todo mundo”, diz Medeiros, ressaltando que a reforma ficou em torno de R$ 40 mil, pagos com parte da reserva financeira que o condomínio já dispunha.

A primeira impressão é a que fica
Também em Niterói, o Condomínio Manoel Damásio, em Icaraí, ganhou uma nova fachada recentemente. A decisão pelo projeto foi unânime entre os moradores, apesar do alto investimento – cerca de R$ 400 mil, incluindo todo o material e a mão de obra. “O edifício tem 38 anos. Além da antiga fachada já estar desgastada, ela era responsável por muitos problemas de vazamentos nos apartamentos”, diz o síndico, Roberto Victor Baptista.

Ele conta que, para a concretização do projeto, foi preciso criar uma cota extra durante 18 meses. “Não teve um morador que não gostou do resultado. A nova fachada é muito bonita, tanto que outros síndicos já vieram ao prédio me pedir dicas”, afirma Baptista.

O projeto teve como base as ideias de modernização e leveza. Os antigos revestimentos estavam ultrapassados e eram escuros, o que deixava o edifício com um aspecto pesado. “Buscamos dar uma cara nova ao espaço, utilizando linhas mais retas e cores mais claras e neutras”, conta a arquiteta Camille Barbosa, responsável pelo trabalho ao lado das sócias Fernanda Pires e Giovanna Freitas.

Além da troca de todas as esquadrias para vidro verde e acabamento em alumínio branco, foram criadas duas torres verticais para camuflar os aparelhos de ar-condicionado. O revestimento escolhido para cobrir a alvenaria e os pilares foi o granito branco. “Para finalizar, criamos uma jardineira no mesmo padrão do alumínio no andar de acesso à garagem do segundo piso. Logo abaixo, colocamos uma pele de vidro verde refletivo aplicado sobre a alvenaria”, explica a arquiteta.

Muito além da estética
O arquiteto Pedro Gismondi tem uma ampla experiência em projetos de áreas comuns de condomínios. Ele explica que a maior preocupação hoje em dia é unir funcionalidade e segurança. “Existe, cada vez mais, uma tendência de concentrar o máximo de atividades nos condomínios, devido à falta de segurança nas cidades. Com isso, as áreas comuns ganharam mais importância e atenção. O valor da mão de obra para a reforma varia de R$ 800 a R$ 1,5 mil por metro quadrado construído. Já o preço do material depende da especificação do projeto”, diz Gismondi.

A arquiteta Camille Barbosa concorda que, ao planejar uma área comum de um condomínio, é preciso se preocupar muito mais do que apenas com a estética. “Uma portaria, por exemplo, é um espaço de fluxo grande de pessoas. Por isso, devemos pensar também na questão da segurança, como o tipo de piso, iluminação, abertura de portas e acesso aos cadeirantes e crianças. Já pensando no lado estético, temos que saber dosar a decoração de forma a dar uma unidade com o restante do condomínio, até mesmo com a fachada”, explica Camille.

Ela diz que a tendência hoje é de ambientes claros, leves e sóbrios. “Antes, o sinônimo de uma portaria elegante era principalmente o piso em granito, muitas vezes cinza ou preto. Hoje, já utilizamos mais pisos claros e neutros, como o porcelanato. Muitos clientes também nos pedem para caprichar no projeto de iluminação, o que valoriza muito o espaço”, conta.

 

 Especialistas sobre decoração de áreas comuns
– A preocupação com funcionalidade e segurança deve ser igual ou até maior do que com a estética;

– A decoração deve ser dosada de acordo com o restante do condomínio, principalmente a fachada;

– Ao contrário de alguns anos, hoje a tendência é ter portarias com tons leves e sóbrios;

– Um bom projeto de iluminação pode mudar completamente a cara de uma portaria;

– Todo o planejamento deve levar em conta o espaço de passagem para cadeirantes.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE