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Por que é importante e ao mesmo tempo tão difícil enterrar os cabos elétricos de São Paulo; são só 0,3% em uma rede de 20 mil km

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 07/11/2023

Colorful Plastic Polymer Granules for cable
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A atual crise de energia gerada pelas fortes chuvas ocorridas na última sexta-feira (3) na cidade de São Paulo tem deixado vários consumidores sem luz há, ao menos, três dias. A situação abriu o debate sobre os motivos de ser tão difícil o enterramento de fios em uma cidade como a capital paulista.

Atualmente, a cidade de SP tem cerca de 20 mil km de fios aéreos, segundo a Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecom Competitivas (TelComp), mas menos de 0,3% da rede está totalmente subterrânea.

Porém, passados cinco anos da data prometida o programa “Cidade Linda Redes Aéreas” mudou de nome na gestão Ricardo Nunes (MDB). A meta subiu para 65 km de fios aterrados, mas nenhum dos objetivos foi alcançado, segundo a prefeitura e a TelComp.

g1 conversou com Luiz Henrique Barbosa, presidente da TelComp. A entidade faz parte do pool de empresas que, junto com a Enel e Coordenadoria de Gestão da Rede Municipal de Iluminação Pública da Prefeitura (Ilume), é responsável pela execução do novo programa “SP sem fios”.

Segundo o executivo, apenas 37 km dos quase 65 km foram totalmente concluídos, e outros 6 km estão em fase final de aterramento, totalizando 43 km.

Enquanto isso, a prefeitura diz que 38 km foram enterrados, o que representa 62% do andamento da obra. Já a Enel afirma que concluiu 100% da meta prevista no projeto.

Benefícios da rede subterrânea

 

Mesmo com os problemas para a execução da obra, especialistas ouvidos pelo g1 e pela TV Globo afirmam que a conversão da rede elétrica para subterrânea traria uma série de benefícios e evitaria quedas constantes de energia.

Nas últimas décadas, São Paulo chegou a traçar um plano para enterrar 250 km de fios elétricos por ano. No entanto, programas elaborados por diferentes gestões foram questionados por empresas, inclusive na Justiça.

1. Custo muito alto

 

Nos cálculos da TelComp, soterrar os 20 mil km de fiação elétrica em São Paulo teria um custo de R$ 81 bilhões. Só os quase 65 km já orçados atualmente do programa “SP sem fios” já custaram R$ 316 milhões, segundo a empresa.

“Não pode demonizar o poste sempre que uma crise dessa aparece. A gente vai conviver com o poste hoje, amanhã e daqui a 100 anos, porque ele é a infraestrutura mais barata para levar telecomunicações e energia para os mais diversos locais”, explica.

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