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Síndicos falam sobre os seus planos de melhoria para seus condomínios em 2023 e como pretendem realizá-los

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 14/04/2023
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Business people are brainstorming
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O início de um novo ano é o momento para fazer metas e, principalmente, se organizar para colocá-las em prática. Em um condomínio não é diferente, e muitos síndicos aproveitam o início de mais um ciclo para planejar ações que tragam mais conforto, qualidade de vida e até a valorização do patrimônio de todos. Três gestores conversaram com a Revista Síndico e contaram quais são os seus principais objetivos para 2023, e ainda como pretendem concretizá-los em meio a desafios como orçamentos apertados e a divergências de ideias. 

Germano Freire é síndico do Condomínio Abrantes, no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Com o orçamento do condomínio sem reservas para grandes projetos, o seu plano de melhoria para 2023 é fazer a pintura das áreas externas e reforma em partes que estão se soltando com a tinta. “O condomínio no momento não possui o orçamento necessário, por isso será preciso criar cota extra. Além disso, as áreas comuns são pequenas, o que pode causar um certo desconforto aos moradores”, ele explica.  

Ele aponta que o maior desafio para a concretização do plano é conscientizar os moradores da importância da conservação do prédio, não só por uma questão visual, mas também para a segurança de todos, já que em alguns locais a fachada está um pouco comprometida. “De fato, não temos teto orçamentário que cubra esse valor (da reforma), mas apresentando o plano de ação a todos, acredito que a adesão será unânime”, comentou. 

Pela sua experiência como gestor, ele orienta que qualquer síndico que pretenda colocar um plano de melhoria em prática compartilhe a ideia com os outros moradores e explique tudo detalhadamente. Isso facilita todo o andamento do trabalho: “No meu caso, temos apenas 12 unidades, o que fica fácil de expor. O caminho é comunicar a intenção de reparos, apresentar orçamento, mostrar o que se tem em caixa e o que faltaria para uma medida comunitária. E, após a conclusão da obra, expor em fotos e incentivar o grupo a conhecer as melhorias realizadas”, destaca o síndico. 

Economia e sustentabilidade em pauta

Síndica do Condomínio Golden Garden, em Botafogo, Elizabeth Teixeira afirma que o seu grande plano para 2023 é conseguir fazer a redução do consumo de água no prédio, que representa atualmente o maior gasto nas despesas mensais. “Já colocamos placas solares e uma usina que geram 64% de economia de energia elétrica. Temos, ainda, coleta seletiva e compostagem. Com relação à água, já realizamos a captação da chuva e temos um poço artesiano que utilizamos para a rega das plantas e limpeza. Ainda assim, a conta de água é o nosso maior gasto. Por isso, para 2023, o nosso grande desafio é educacional. Vamos conscientizar os moradores a usar a água de forma racional. Assim, o impacto será a diminuição da conta e, consequentemente, da cota condominial”, destaca Elizabeth. 

Ela acrescenta que esse trabalho incluirá uma parceria com a concessionária responsável pelo fornecimento de água no Rio e a troca de experiências com síndicos vizinhos. “Vamos começar com atividades lúdicas com as crianças, informativos nos monitores dos elevadores; cartilhas nos escaninhos; redutores de vazão nas torneiras e chuveiros financiados pelo condomínio e aprovados em assembleia, além de palestras para funcionários do condomínio e das unidades”. 

Outro projeto, que na visão dela será mais fácil de alcançar, é colocar aquecimento na piscina do condomínio. “Construíram um edifício ao lado do nosso e, por conta disso, durante metade do ano a piscina fica na sombra. Com isso, a água fica muito fria e o uso pelos moradores, muito limitado. A ideia com o aquecedor é quebrar essa água fria. Como já temos as placas solares, não será algo muito custoso”.

 

Um 2023 de obras e reformas 

Já no Condomínio Queen Mary, em São Paulo, a grande meta da síndica, Telma Bueno, é dar continuidade ao plano de obras e revitalização. Para isso, ela explica que ainda é preciso finalizar uma obra na guarita, na parte elétrica, a impermeabilização do jardim e modernização dos elevadores. “São medidas que trarão segurança para todos os condôminos e a valorização do patrimônio. É essencial”, comenta. 

Ela frisa que o grande desafio será conseguir a padronização de orçamentos para fazer comparações entre empresas idôneas similares; além da conscientização da necessidade e a aprovação em assembleia pelos condôminos. “Temos no condomínio uma comissão de obras que trabalha junto com o corpo diretivo e todos juntos levaremos os itens importantes para análise e deliberação de assembleias”, explica a gestora. 

Para um síndico iniciante, ela orienta que ao se fazer planos e metas anuais é preciso antes de tudo realizar um levantamento das obrigatoriedades do prédio e os itens de segurança, como, por exemplo, o Auto de Vistoria do corpo de bombeiros (AVCB). A partir daí, o ideal é fazer um cronograma de prioridades, sempre envolvendo a comunidade para o entendimento e participação nas soluções.

Por: Gabriel Menezes

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