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Iluminação: o segredo da decoração

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 07/12/2022
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Vintage Lighting decor
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Quem acha que decorar um ambiente interno é apenas escolher móveis e itens de decoração, está muito enganado. A iluminação é um dos principais pontos de atenção e pode fazer toda a diferença na sua casa. Um tipo de iluminação específico pode alterar a profundidade, tornar o ambiente mais amplo, destacar algo, entre muitas outras funções, além de influenciar também nas emoções de quem utilizará o cômodo.

Segundo Milena Lancellotti, designer de interiores e Home Stager, o principal objetivo da iluminação é valorizar a arquitetura do espaço: “Se um ambiente é pouco iluminado ou muito iluminado gera desconforto ao entrarmos, então, além da decoração, temos o conforto dos usuários que vão utilizar aquele local como um dos fatores principais para a escolha das luzes”, diz. 

Para a designer, a luz também influencia em como as cores serão vistas no ambiente. “Por exemplo, a mesma tinta aplicada à parede em um ambiente com uma luz amarela e uma luz branca muda a tonalidade completamente. O que pode comprometer o projeto de decoração e o resultado ser desastroso”, alerta.

A iluminação também pode influenciar nas emoções, por isso é tão importante buscar um profissional, seja um arquiteto, designer ou vendedor técnico para indicar a melhor iluminação para cada ambiente. 

“Se colocarmos, por exemplo, uma iluminação de temperatura de cor branca em uma sala de estar, pode incomodar por ser muito intensa. Já uma iluminação de temperatura amarela traz sensação de aconchego, e não é adequada para colocar em escritórios. Para os ambientes de trabalho, indicamos uma iluminação neutra e optar por um fluxo luminoso adequado para o metro quadrado, deixando o ambiente mais harmonioso”, explica Priscila Pavan, gestora comercial de Iluminação na Andra Materiais Elétricos e Iluminação.

 

Tipos de iluminação

E como iluminação não é um assunto tão simples quanto aparenta, é preciso conhecer os diversos tipos de luz antes de se arriscar.

“Há a iluminação direta que é aquela que sai diretamente da fonte de luz e atinge a superfície a ser iluminada, como, por exemplo, os spots. Há também a iluminação indireta, que é aquela em que a luz é rebatida e somente após o rebatimento atinge a superfície, como acontece com sancas iluminadas”, explica Renata Borges, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estácio de Sá.

Ela cita ainda outros tipos: “Existem as combinadas, que são semi-diretas ou diretas e indiretas ao mesmo tempo. A iluminação por spots ou através de projetores são geralmente focais, em que o ângulo de abertura de alcance da luz não ultrapassa 60°, e apresenta iluminação direta para destacar uma superfície ou objeto. Ela pode funcionar como indireta quando ilumina o ambiente através da reflexão. Em ambientes em que temos atividades mais funcionais, como cozinhas e áreas de serviço/lavanderia, é adequado o uso de iluminação difusa, que é aquela em que temos menos sombra e geralmente a luminária possui um difusor acrílico leitoso, que impede o ofuscamento da visão também”, completa.

 

Dicas para iluminar a sua casa

A principal e primeira recomendação na hora de escolher a luz ideal para o seu ambiente é pedir a opinião de um profissional, afinal, é necessário um olhar técnico. Mas… Se você tem curiosidade em saber tendências gerais, confira dicas de profissionais:

“Para salas, hoje com a automação residencial, abriu-se um leque gigantesco de possibilidades, onde podemos controlar a intensidade da luz e até a cor, indo da luz branca para a amarela, criando os mais diversos tipos de climas no mesmo ambiente. Se não for utilizar a automação, temos utilizado muito a iluminação indireta, com sancas, sancas invertidas e rasgos decorativos com aplicação de fita de LED branco quente ou dependendo da solicitação do cliente, branco frio”, diz Milena Lancellotti.

Priscila Pavan dá outra dica para projetos luminotécnicos residenciais. “O dimmer é um dispositivo de controle de luminosidade de lâmpadas. É ideal para o cliente que busca uma iluminação mais forte para leitura, por exemplo, e, ao mesmo tempo, mais amena, para deixar o ambiente mais aconchegante, receber visitas, assistir TV, etc”. 

A profissional diz ainda que os pendentes são ideais para decorar salas de jantar, deixando o ambiente mais sofisticado. Já os clássicos que nunca saem de moda são o abajur e as colunas.

Renata Borges diz que é necessário evitar luz diretamente sobre assentos e camas, pois pode causar incômodo e ofuscamento. “Atente para as cores do ambientes: os mais escuros, precisarão de mais luz. Dê destaque a texturas, quadros e objetos decorativos, mas lembre-se que quando se destaca tudo, não se destaca nada. Utilize iluminação mais uniforme em espelho, de forma difusa para evitar sombras. Em áreas de trabalho, utilize iluminação de tarefa, com uma fonte de luz dirigida diretamente para o local, como por exemplo, luz sobre bancada da pia para evitar sombras quando estiver cortando um alimento ou fazendo a higienização de louças e comida”, conclui.

 

O crescimento do LED no mercado residencial

Promovendo economia a longo prazo por gastar menos energia elétrica, as lâmpadas de LED se tornaram queridinhas do mercado, mesmo em ambientes residenciais.

“Os principais fatores da aplicação LED na iluminação residencial deixaram de ser apenas a economia e maior durabilidade. Posso dizer que o maior fator de aplicação da tecnologia LED nos projetos de iluminação residencial, hoje, é a flexibilidade. Com a maior eficiência do LED, vivemos a miniaturização da luz, portanto o mercado ganhou novas formas da luz”, diz Alexandre Dellai, Head de Projetos e Serviços da LEDSTAR.

O profissional cita ainda a facilidade que o LED tem de se aliar às novas tecnologias. “Todas essas novas formas de luz citadas acima ainda tem o charme de serem comandadas e gerenciadas por aplicativos de automação, através de comandos de voz (Alexa) e APPs de celular, que conversam com as próprias lâmpadas ou interruptores que estão prontos para receber automação”, conclui.

 

Por: Mario Camelo

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