Manutenção ajuda a evitar acidentes em elevadores de condomínios
Por Cidades e Serviços
Última atualização: 16/08/2024
Manutenção
Especialista revela os riscos de uma omissão no cuidado com esse tipo de equipamento dentro dos condomínios
Por: Fabiana Oliva
Você está ciente do que a falta de manutenção em elevadores pode ocasionar inúmeros problemas para o seu condomínio? Cada vez mais presentes em residências de diversos portes, o equipamento – como qualquer outra máquina – pode apresentar mal desempenho e falhas mecânicas, causando insegurança e desconforto para os seus moradores.
A manutenção preventiva é fundamental para identificar toda e qualquer inconformidade nos dispositivos que compõem o elevador. O CEO da Arsenal Consultoria para Elevadores, Rafael Sampaio, indica os sinais mais comuns de que o elevador precisa de atenção especial na manutenção e que trazem riscos aos usuários. “São os excessos e recorrências de paradas do equipamento, e os mais sensíveis aos usuários, que são os solavancos, trancos e ruídos sentidos durante o percurso do equipamento subindo e descendo. Essas são as evidências mais comuns e fáceis de se notar e que precisam ser reportadas com urgência aos responsáveis pela gestão do condomínio”, orienta.
O especialista frisa também que a periodicidade ideal para a manutenção do equipamento é a mensal, seguindo um plano de manutenção indicado pelo fabricante dos equipamentos Além disso, segundo ele, há tipos mais complexos de manutenções que podem ser feitas a cada 6 meses.
Rafael salienta ainda a relevância da contratação de profissionais capacitados para realizar a vistoria. “Indispensável contratar profissionais preparados e capacitados, tendo em vista a complexidade e importância que é a manutenção de elevadores. Vale lembrar que esses profissionais devem possuir certificações específicas para atuar nos elevadores, tais como NR10, NR35, NR6, entre outras”, pontua.
Outro ponto destacado pelo especialista é em relação às cabines com más condições. “Os problemas mais comuns, nesses casos, são os estalos e vibrações excessivas nas chapas de inox da cabine durante o percurso, queda dos acrílicos do subteto, queima e quebra constante da iluminação, e ainda falhas nos botões e display da botoeira da cabine”, disse.
Como agir em caso de acidente?
Recentemente, três acidentes envolvendo elevadores ocorreram no Rio de Janeiro, com duas mortes e um ferido. Entre os motivos detectados está a falta de manutenção e reparos necessários do elevador. Rafael levanta algumas motivações sobre o acidente e também alerta sobre o que fazer em situações de queda e desabamento do equipamento no fosso. “Uma das causas que incorreram nessa queda foi a falha do freio mecânico ou, como é mais conhecido, o freio de cunha, que precisa ser instalado corretamente no elevador e contar com uma manutenção preventiva criteriosa. Esse sistema atua basicamente travando o seu deslizamento nas guias. A primeira coisa a se fazer em caso de queda real de um elevador com usuários dentro é, simultaneamente, chamar a mantenedora responsável pela manutenção do equipamento e o corpo de bombeiros para resgatar os usuários dentro do equipamento”, recomenda.
Segundo ele, é muito importante que, após o resgate, seja iniciado o processo de análise e investigação do acidente, através de um diagnóstico conduzido por um perito no assunto. Identificado o fato gerador dessa ocorrência, as partes deverão ser responsabilizadas e, logo em seguida, as falhas deverão ser resolvidas para que o elevador volte a operar novamente.
Um detalhe que também contribui para a segurança dos moradores é a existência de um dispositivo dentro dos elevadores chamado de kit de emergência. Assim, em caso de queda de energia ou qualquer outra falha, ele irá manter o sistema de iluminação de emergência, interfone e alarme funcionando. Mesmo que haja passageiros retidos dentro do equipamento, eles irão conseguir se comunicar externamente, seja por acionamento do alarme e/ou interfone.
Rafael Sampaio finaliza explicando sobre o motivo das viagens demoradas dentro dos elevadores, outro problema bastante discutido envolvendo má operação do equipamento. “Normalmente, essas questões se dão por alguma falha de parametrização do inversor, que é o grande responsável pelas velocidades do equipamento durante o percurso em elevadores novos. Nos elevadores antigos é necessário avaliar outros itens, como sensores de posicionamento, nivelamento e contagem de andares”, conclui.
Se você ainda não se convenceu que é um bom negócio cuidar da manutenção periódico dos seus elevadores, a gente reforça aqui os pontos principais:
- Garantir a segurança e o funcionamento eficiente do equipamento;
- Evitar desgastes e falhas;
- Manter o elevador em operação, garantindo o conforto e a rotina cotidiana dos moradores;
- Prolongar a vida útil do equipamento;
- Gerar economia ao condomínio, evitando reparos mais custosos futuramente.