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Cercas elétricas necessitam de instalação e manutenção adequadas: seu condomínio está de acordo com as regras?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 05/07/2024

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Saiba quais são os cuidados que se deve ter ao instalar o sistema de segurança no seu condomínio

Por Fabiana Oliva

 

Utilizadas há anos para proteger residências, as cercas elétricas seguem sendo uma das tecnologias de segurança mais ativas, eficazes e econômicas do mercado. De acordo com a Sócia-Diretora do Grupo Seg Present, Diana Hanriot, o sistema funciona como fios de aço que conduzem pulsos de alta tensão pelo energizador eletrificado, não gerando riscos fatais a quem venha tocar a fiação que a compõe.

Segundo ela, atualmente, o mercado de segurança para imóveis conta com dois tipos diferentes de cercas elétricas, a convencional e a concertina. “A cerca elétrica convencional é o tipo mais comum utilizado nos dias de hoje. É feita basicamente de hastes verticais ligadas por fios de aço inox. Possui apresentação discreta, não interferindo muito nas fachadas dos edifícios e residências. Possui dispositivo de alarme. Já a cerca elétrica concertina é composta por arame farpado de alta-tensão de ruptura, tem formato espiralado e conta com lâminas cortantes. Concilia a barreira de proteção com o alarme, potencializando a segurança. O visual, no entanto, é mais agressivo”, explica.

A manutenção deve ser feita de forma periódica e preventiva. Diane esclarece que a diferença entre elas é que a manutenção periódica sempre se baseia no período entre as vistorias, enquanto a manutenção preventiva pode ser determinada tanto pelo tempo quanto pela quantidade de uso.  Além disso, a periodicidade da revisão de uma manutenção preventiva tem como base as informações descritas no manual do equipamento. Outro fator para definir periodicidade nas preventivas será pelo plano de manutenção a ser incorporado pela empresa.

 

Quais as vantagens das cercas?

 A instalação de cercas elétricas em condomínios oferece várias vantagens significativas em termos de segurança e proteção. Elas funcionam como uma barreira física e elétrica que desencoraja intrusos e previne invasões não autorizadas. É o que pontua o Consultor em Segurança Privada da DVS Planejamento e Segurança Patrimonial, Edson Santos. “Essa medida aumenta a segurança dos moradores, proporcionando mais tranquilidade. Além disso, as cercas elétricas facilitam o monitoramento do perímetro do condomínio, permitindo a detecção precoce de qualquer atividade suspeita ou tentativas de invasão. Outra vantagem é que as cercas podem ser interligadas às centrais de alarme, monitoramentos e sistemas de câmeras. Sendo possível também a disponibilização de aplicativos para monitoramento simultâneo, proporcionando respostas mais eficientes”, diz.

Do ponto de vista econômico, as cercas elétricas podem reduzir os custos com segurança humana, como vigilantes, ao fornecer uma camada adicional de proteção que opera de forma contínua e eficaz. Além disso, são projetadas para serem duráveis e de baixa manutenção após a instalação inicial, o que é vantajoso para a gestão de condomínios. “A presença de cercas elétricas pode valorizar o condomínio no mercado imobiliário, pois demonstra um compromisso com a segurança dos moradores e das propriedades. Uma escolha inteligente para condomínios que buscam aumentar sua segurança de maneira eficiente, confiável e com um custo relativamente baixo”, conta Edson.

A síndica profissional, Jéssica Ader, aposta nas cercas elétricas como medida de segurança nos condomínios que administra. Ela acredita que a ferramenta melhora a segurança, inibe e dificulta o acesso ao espaço, além de ressaltar critérios importantes que os síndicos devem utilizar para a contratação do serviço de instalação do sistema. “Verificar se a empresa atende os requisitos pela NBR que regulamenta as cercas elétricas, assim como se atende a altura estabelecida nas normativas municipais. Sem falar em todos outros documentos que são importantes para uma boa contratação de prestação de serviços, como documentação da empresa escolhida, garantia e um contrato bem estruturado”, aconselha.

 

Instalação e funcionamento: como funciona?

 A instalação é projetada para se integrar harmoniosamente com a estrutura existente no condomínio, mantendo a estética e a funcionalidade do ambiente. Edson explica que em muitos casos, especialmente em condomínios maiores, a central de eletrificação é centralizada e pode ser controlada a partir de um único ponto.

“Isso permite um monitoramento mais eficiente e uma resposta rápida em caso de violação da cerca. Em questão da intensidade e da frequência dos choques, podem ser ajustadas de acordo com as necessidades de segurança específicas do condomínio. Áreas mais vulneráveis ou com maior incidência de tentativas de intrusão, por exemplo, podem requerer ajustes mais rigorosos. É possível a instalação de sirenes ou avisos luminosos, em caso de invasão, além de choques, que também serão emitidos alertas sonoros por meio de sirenes. Este equipamento de segurança é auto monitorado e não requer algo mais complexo, como sua manutenção, que é de baixo valor”, explica.

Diana Hanriot relata que só é permitido utilizar eletrificadores normatizados pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. “O tipo de choque deve ser pulsante ou intermitente, não podendo ser um choque contínuo. A Lei Federal nº 13.477, de 30 de agosto de 2017, estabelece os cuidados e procedimentos que devem ser observados na instalação de cerca eletrificada ou energizada. Indica ainda que devem ser observadas as normas da ABNT, inclusive com a previsão de multa ao responsável pela instalação. Para a instalação do sistema, a empresa também precisa ser habilitada no Crea e apresentar uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), com todas as informações técnicas do equipamento”, comenta.

Confira as regras para instalação de utilização de uma cerca elétrica em condomínio, de acordo com o Edson Santos:

  • Sinalização: É obrigatória a instalação de placas de advertência de ambos os lados ao longo do perímetro informando o perigo iminente de choque elétrico, contendo símbolos compreensíveis a entendimento geral.
  • Altura compatível: A altura mínima vai variar para cada localidade, tendo em vista as diferentes legislações que regem o tema em cada município. Em geral, toda instalação deve seguir a altura mínima exigida, aproximadamente 2,5 metros, contando do solo ao primeiro fio energizado, para minimizar o risco de choque acidental.
  • Proximidade a recipientes de gás: As instalações próximas a recipientes de gás devem obedecer às normas da ABNT.

 

Principais cuidados com as cercas

Diana finaliza destacando os cuidados necessários ao manusear as cercas elétricas. Os isoladores escolhidos para a instalação do sistema, por exemplo, devem ser feitos de plástico virgem. Além disso, eles devem contar com filtros ultravioletas, que evitam ressecamentos provocados pelo sol, que é responsável pela perda das propriedades de isolamento.

Ela sinaliza ainda algumas diretrizes que ajudará a garantir a segurança e a eficácia das cercas elétricas, prevenindo acidentes e danos:

  • Desligamento: Sempre desligue a cerca elétrica antes de realizar qualquer manutenção ou inspeção;
  • Equipamento de Proteção: Utilize equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados, como luvas isolantes e botas de borracha;
  • Inspeção Regular: Verifique regularmente a integridade dos fios, isoladores e do equipamento de controle;
  • Treinamento: Pessoas autorizadas a manusear a cerca devem ser treinadas para entender seu funcionamento e os procedimentos de segurança.
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