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O que é o mercado livre de energia e como ele pode trazer economia ao seu condomínio?

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 05/04/2022

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A preocupação com o meio ambiente tem proporcionado cada vez mais protagonismo aos debates e projetos que focam na sustentabilidade. Com a geração de energia não é diferente. O Brasil já é um dos países mais engajados no tema. Somos os líderes de energia limpa entre os Brics — grupo de nações emergentes que reúne também Rússia, China, Índia e África do Sul. Quase metade de nossa matriz energética vem de fontes renováveis, com destaque cada vez mais crescente para as energias eólica e solar.

Diferentemente da energia suja, proveniente de fontes como o petróleo e o gás natural, com forte impacto no meio ambiente e na saúde humana, a energia limpa não produz resíduos danosos à natureza, além de ser renovável e, por isso, mais barata. Estudos estimam que a energia solar, por exemplo, pode representar uma economia de até 95% na conta de luz, compensando em tempo recorde os recursos investidos na compra de painéis solares e na implantação do projeto como um todo. 

Com a pandemia do Novo Coronavírus, a questão dos gastos com energia elétrica se tornou central nos lares brasileiros. Ao ficar mais tempo em casa, para cumprir as medidas de isolamento social, o consumidor viu seu orçamento doméstico ser cada vez mais comprometido com as despesas de energia. As buscas por alternativas viáveis passaram a ser o foco também de condomínios comerciais e residenciais que, para equilibrar as contas, precisaram repensar custos dessa natureza.

Além dos projetos clássicos de instalação de geração de energia solar e eólica dentro, uma saída vem ganhando força no universo condominial: o mercado livre de energia.  Nele, os consumidores podem contratar fornecimento de energia diretamente de empresas geradoras e de comercializadoras, sem necessariamente passar por uma distribuidora, como a Light, Cemig ou Copel, por exemplo. 

 

Como funciona

Consumidores e fornecedores são livres para negociar entre si as condições de contratação de energia e os pacotes de preços a serem pagos. “Compramos energia limpa direto do gerador — que pode ser de qualquer tipo: solar, eólica, biomassa, biogás — e repassamos ao condomínio”, conta Flávio Lima, CEO da Acende Energia, empresa especializada em implantação de mercado livre de energia em condomínios.

Flávio explica que todas as etapas do processo, desde a compra da energia em si, passando pela transmissão e distribuição para, enfim, chegar ao consumo nas unidades, ficam sob o monitoramento da empresa. “A gente compra a energia limpa no gerador, faz ela passar pela rede de alguma transmissora, como Furnas, por exemplo, e pelos cabos de uma distribuidora, para então desembocar no condomínio. Cobramos um preço final ao cliente e arcamos com as despesas de todo o fluxo intermediário, além de nos responsabilizarmos pelas adequações necessárias na infraestrutura que irá receber o projeto”, completa Flávio, lembrando que o fornecimento pode ser estendido às unidades de Condomínios que contratarem o serviço. 

A principal vantagem é a economia no fim do mês, que varia de 10% a 20% no valor usualmente cobrado pela concessionária de energia. “A compra de energia junto ao gerador é realizada no ato da assinatura do contrato com o condomínio e devidamente registrado em todos os órgãos responsáveis com suas respectivas garantias legais. A energia continua sendo entregue pela mesma distribuidora usada no mercado cativo da região, apesar de não ser gerada por ela, o que barateia o processo”, esclarece Flávio, da Acende Energia.

Uma segunda vantagem importante do sistema é a possibilidade de monitoramento em tempo real do gasto de energia. As informações de consumo são enviadas para um sistema online, e o síndico pode acompanhar, onde e quando quiser, os gastos por aparelho, comparando os diferentes consumos ao longo do dia e gerando relatórios a serem apresentados em assembleia.

 

Como financiar o projeto

Investir em um projeto de mercado livre de energia ou qualquer outro de geração de energia limpa já foi bem mais difícil no passado, mas, ainda hoje, é um desafio para os síndicos se planejarem e aprovarem iniciativas como essas junto aos condôminos. 

“O principal motivo da resistência é a necessidade de arrecadar mais ou abrir mão de comodidades para a realização desses projetos. É certo que um efetivo gerenciamento das receitas, acompanhamento da inadimplência e controle das despesas é fundamental para aumentar a disponibilidade financeira dos condomínios, mas, apesar de todos os esforços, a alternativa mais utilizada é tentar aumentar a cota condominial. Infelizmente, quando essa proposta é levada para as assembleias, na maioria das vezes, o aumento não é aprovado e o projeto fica ‘engavetado’”, analisa Marcelo Assunção, CEO da WohPag, fintech especializada em contas de pagamento para gestão condominial e mercado imobiliário.   

A boa notícia é que existem atualmente no mercado linhas de crédito específicas para projetos focados em energia limpa e preservação do meio ambiente, com incentivos atraentes e condições especiais de pagamento. Marcelo conta que, com a crescente expansão do interesse em projetos de sustentabilidade, a estimativa é de que os volumes de financiamentos dupliquem ao longo de 2022. “Pretendemos aumentar os financiamentos em 200% nos próximos meses”, comenta Marcelo sobre a WohPag, empresa criada em agosto de 2020 e que já possui mais de 6 mil contas digitais. 

 

Por: Aline Durães

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