7 dicas para criar bons e novos hábitos vindas do livro “Atomic Habits”
Por Cidades e Serviços
Última atualização: 19/02/2021
Comportamento
Em outros tempos diria-se que o ano começa finalmente depois do carnaval. Mas em 2021 não é assim que a banda toca. Com as comemorações suspensas por conta do agravamento na contaminação do coronavírus, a festa foi suspensa (ao menos oficialmente). Mesmo assim, a data é tão marcante que vale aproveitar essa espécie de reboot oficial do ano para organizar novos hábitos.
Pensando nisso, fomos buscar em um dos mais famosos best-sellers sobre o tema a inspiração necessária para colocar a organização nos trilhos, até porque, ainda é difícil se acostumar com as restrições de mobilidade que vão e vêm de acordo com o avanço da pandemia.
“Hábitos Atômicos: Um Método Fácil e Comprovado de Criar Bons Hábitos e Se Livrar dos Maus” foi escrito pelo jornalista norte-americano James Clear e desde 2018 segue sendo referência quando o assunto é produtividade – começando pela própria organização pessoal. Em tempos nos quais concentrar está difícil, bem como lidar com as incertezas do dia a dia, ter uma rotina recheada por hábitos melhores pode te ajudar não só a realizar mais, como a se sentir mais satisfeito com suas entregas. Acompanhe 7 dicas essenciais para ir por esse caminho:
1. Hábitos não restringem a liberdade
Com essa frase, o autor indica que, ao contrário do que muitos pensam, habituar-se a fazer algo não é nada ruim. O segredo está em tornar os novos hábitos atraentes e não uma obrigação. Até porque, tarefas que liberam dopamina no cérebro nos fazem seguir com elas.
É o caso de navegar nas redes sociais, por exemplo. Sabe esse mau hábito que engole nosso tempo livre? Então, ele ativa esse neurotransmissor em nossa mente e, por isso, seguimos repetindo-o. Que tal ser mais racional acerca de criar os novos hábitos para que eles se mantenham? A saída dada pelo livro é associá-lo a algo gratificante.
2. Crie novos hábitos devagar
Não é preciso mudar toda uma maneira de se comportar de uma vez. O segredo é ir inserindo pequenas mudanças no dia a dia. É tão fácil criar bons novos hábitos quanto permanecer com aqueles que não são tão bacanas. James Clear reforça muito que os hábitos precisam de tempo para se consolidarem e a gente deve considerá-los a longo prazo.
Dois exemplos ilustram essa ideia de passo a passo: o primeiro é o ato de poupar dinheiro. Mesmo que você salve pouco por semana, se mantiver esse ato por um ano inteiro, terá finalmente feito uma poupança. Outra associação que ele faz é com a leitura. Mesmo quem diz não ter tempo para ler pode separar 15 minutos diários para a tarefa. Ao final de 30 dias serão 250 páginas lidas. Já imaginou quantos livros por ano é isso (a estimativa do autor é de 20 obras). Surpreendente, não?
3. O segredo é a repetição e não a perfeição
Conhece aquele ditado “feito é melhor do que perfeito”? É bem por aí o caminho. No livro, o jornalista reforça que muitas vezes nos boicotamos em adquirir novos hábitos porque queremos seguir tudo à perfeição. E quase nunca isso é possível.
Segundo o autor, a melhor forma de seguir firme nos novos hábitos é verificar os progressos e eles acontecem apenas com repetição. E isso significa seguir fazendo – e não só quando é conveniente ou quando determinado hábito dá prazer.
Muita gente resiste, por exemplo, a incorporar atividades físicas na rotina, enquanto outras pessoas adoram esse momento. Se você não está no segundo grupo, que é aquele que se exercita por prazer, então sabe que precisa manter o ritmo e focar nos resultados para se manter firme neste hábito que é bom para a sua saúde. O segredo para dominar um hábito? Repetição.
4. Os hábitos e o dia a dia
Segundo o autor, introduzir maneiras novas de se comportar é uma tarefa que se faz cotidianamente. É preciso compreender o valor do chamado “um dia após o outro”. Saber que novos hábitos não vão se solidificar de uma semana para a outra: acontecerá apenas insistindo, a passos de formiga persistente. Assim, se você parar depois de um curto período de tempo, precisará começar tudo de novo.
5. Facilite a adoção de novos hábitos
Quer ler mais? Deixe os livros perto da cama para tentar antes de dormir ou na bolsa para ler na pausa do almoço. Deseja beber mais água? Que tal carregar uma garrafa sempre? Ou para quem está experimentando o home office, vale colocar algumas delas espalhadas pela casa.
Se a ideia é começar a se exercitar, isso pode ser feito por uma atividade que você gosta mais e, não necessariamente, por uma ida qualquer à academia mais próxima. Nas mais de 100 páginas do livro, o escritor reforça o quanto é importante refletir sobre nosso próprio comportamento para que os novos hábitos não caiam no limbo.
6. Use um hábito que já tem para atrair outro
Essa é mais uma “sacada” dada pelo livro: se já faz algo que goste, ou seja, que libera aquela tal dopamina no seu cérebro, associe essa tarefa a um novo hábito que já tem e faz automaticamente. Um exemplo citado na obra é o de fazer uma atividade física logo após o banho matinal, por exemplo. Use aquilo que já está acostumado a fazer como gatilho. E, ao mesmo tempo, desabilite outros gatilhos que te levam aos maus hábitos.
Perde muito tempo nas redes sociais? Desabilite as notificações. Joga mais videogame do que deveria? Quando terminar a próxima sessão de partidas, guarde o aparelho no armário, longe da vista e da vontade. São medidas simples, mas que anulam os chamados maus hábitos que tanto o livro quer nos ensinar a alterar.
7. Procure dedicar tempo aos novos hábitos
Seja lendo mais sobre o tema, seja respeitando o que realmente tem vontade de fazer, para que essa maneira de se comportar seja benéfica para você – e os antigos “bad habits” não voltem mais, é preciso se propor a fazer isso. Então, antes de começar, talvez seja uma boa listar o que deseja mudar e que novos comportamentos quer adquirir.
Segundo promete James Clear, essa “conversa” consigo mesmo serve para medir os próximos passos da carreira e também para as conquistas pessoais. Quem sabe partindo de novos hábitos, os próximos passos sejam almejar cargos de liderança ou até fazer outras mudanças de vida.
Fonte: Consumidor Moderno
Imagem: FreePik