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Saunas em condomínios

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 13/10/2020

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Juliana Almeida

 

Hoje em dia é muito mais comum a construção de empreendimentos que trazem uma série de itens na área de lazer, como piscinas, quadras esportivas, espaço gourmet e sauna. Esse cenário acontece em especial nas grandes cidades, onde a preocupação com a segurança tem feito cada vez menos pessoas saírem de casa. Este último item, a sauna, no entanto, acaba tendo fama de pouca utilização em grande parte dos condomínios, mas nem por isso deixam de requerer uma atenção muito grande quanto à manutenção e às normas de utilização. E então, o seu condomínio está preparado para o uso de uma sauna?

 

Uma função, mas dois modelos diferentes

No Brasil, devido ao calor, as saunas não são tão populares, porém, as suas vantagens são reconhecidas por muitos. Elas oferecem benefícios não somente para a saúde, mas também são uma ótima opção de lazer, pois criam a oportunidade de socialização entre os moradores.

 

Formada por um ambiente muito aquecido, a sauna pode ser do tamanho de um banheiro, de um quarto ou até maior. O ambiente é revestido normalmente com madeira, cerâmica ou pastilhas de vidro e é necessário que a sua estrutura seja feita de tijolos refratários, pois são ideais para suportar altas temperaturas, normalmente em

torno dos 60°C.  A sauna também pode ser encontrada em dois modelos: a seca e a vapor (ou úmida), e ambas devem estar próximas a uma ducha ou piscina.

 

A sauna seca é mais recomendada para o inverno, sendo aquecida por pedras ou outros materiais que não liberam vapor. De acordo com uma empresa especializada na instalação e manutenção do equipamento, a sauna seca é mais encontrada em locais de climas frios e o ambiente deve ser isolado termicamente e revestido com ripas de madeira. Todos os objetos utilizados na sauna, incluindo as paredes, devem ser de materiais isolantes térmicos para evitar queimaduras. No piso, a recomendação é o revestimento com pedra ou até mesmo madeira, que deve ser bem lixada e contar com um bom acabamento.O teto da sauna a vapor também deve ter uma inclinação igual a 10% do seu prolongamento para que, quando o vapor condensar e surgirem gotículas de água no teto, elas escorram para a extremidade mais baixa, evitando cair sobre a cabeça dos usuários.

 

Já no caso da sauna úmida é utilizado um aparelho gerador de vapor que é liberado no ambiente aquecendo-o até a temperatura desejada. Neste caso, é necessário realizar o isolamento térmico com vermiculita (mineral com propriedades térmicas e acústicas) nas paredes e tetos no momento da construção do espaço.

 

Tipos de equipamentos

As formas utilizadas para aquecer o ambiente podem variar. Para ambos os modelos, sejam elas secas ou a vapor, existem três tipos de equipamentos: elétricos, a gás ou a lenha. Os elétricos são indicados para cômodos menores, que requerem praticidade, já que podem ser ligados e desligados com maior facilidade e sua instalação é muito simples. A desvantagem é que são equipamentos menos econômicos.

 

Os equipamentos a gás são indicados para cômodos maiores e são mais comuns em condomínios e clubes, por serem mais econômicos, já que utilizam o gás natural. A desvantagem é que sua instalação requer alguns cuidados de segurança e o uso de chaminé. Já a lenha é indicada para locais como chácaras, fazendas, sítios ou casas de campo, pois necessitam da madeira para o seu funcionamento e podem ser bem econômicas.

 

Outro aspecto importante é sobre a localização onde os equipamentos devem ser instalados. Na sauna a vapor, os aparelhos devem ficar do lado de fora, encostados na parede da sauna e conduzir o vapor por uma tubulação. Salvo alguns equipamentos que são blindados e podem ser colocados dentro do cômodo por resistirem ao vapor. Já na sauna seca, o equipamento – ou parte dele – pode ficar dentro do cômodo e irradiar o calor para o ambiente.

 

Como montar o seu espaço

Hoje há diversos modelos de saunas que são moduláveis e fáceis de montar. Se o condomínio está planejando construir uma sauna é importante considerar muitos detalhes. Um ponto fundamental é ter disponíveis ligações para a eletricidade e água. Uma tomada padrão não é suficiente, pois uma sauna requer conexão com uma fonte de alimentação de alta tensão.

 

A instalação de uma sauna é um projeto que envolve muitos profissionais. Para uma sauna de madeira, por exemplo, você precisará contar com os serviços de um marceneiro, já para as construções de alvenaria é necessária a mão de obra de um pedreiro, azulejista, eletricista e até mesmo de um bombeiro hidráulico. Portanto, prepare-se, pois, ambos os projetos podem ser trabalhosos. Mas não se preocupe em ter que contratar todos esses profissionais separadamente, pois há empresas especializadas em projetos completos para a construção de saunas.

 

Em todos os tipos de sauna a ventilação durante o uso é feita por exaustores que permitem a saída do ar que está sendo expirado para não haver perigo de sufocamento ou falta de ar. A ventilação adequada de uma sauna, inclusive, garante que ela tenha durabilidade por anos. As saunas com revestimento interno de madeira são recomendadas apenas para os tipos a seco, já que na sauna úmida há maior risco do surgimento de fungos e mofo. Se for o caso, a madeira deverá receber um tratamento especial de verniz e a sauna deverá ficar aberta para secar quando não estiver em uso.

 

Nas saunas úmidas, entretanto, é comum o revestimento de azulejo ou pastilhas de vidro, assim como é feito em banheiros comuns, pois são as opções mais fáceis de higienizar. Além da ventilação, após cada sessão é recomendável a limpeza adequada da sauna. Assim, os bancos e encostos devem ser lavados cuidadosamente com uma escova. Se a opção do condomínio for uma sauna tradicional de madeira, é importante uma vez ao ano utilizar uma lixa para deixar os assentos mais lisos e menos suscetíveis a germes.

 

Esteja atento à manutenção adequada

Cada tipo de sauna possui características próprias e requer uma manutenção diferente. No caso da sauna a vapor, sempre haverá a formação de lama no interior do equipamento, já que a água evapora deixando os resíduos que estavam em suspensão ou dissolvidos. Todos os geradores de vapor vêm com uma saída para fazer a drenagem periódica, que vai depender da frequência de uso e das características da água. Para limpá-los, é preciso lavar o reservatório de água, abrindo o registro do dreno e da entrada de água, simultaneamente, deixando a água circular por um período de 3 a 5 minutos.

 

Já na sauna seca, para manter o forno sempre em perfeito estado, o ideal é limpar o equipamento periodicamente com um pano úmido ou seco. Para total segurança, certifique-se de que o forno está desligado e na temperatura ambiente.

 

No condomínio Place Verte, em Botafogo, a sauna a vapor recebe manutenção regularmente de uma empresa especializada, além das vistorias feitas pela equipe de manutenção do próprio condomínio. Leonardo Santos, gerente da administração do Place, garante que estar atento ao local de montagem e instalação do aparelho é fundamental para evitar problemas. “Antes da instalação, o síndico deve verificar qual é equipamento ideal para o espaço que tem disponível, a marca do aparelho, sua potência etc. É importante certificar-se se a empresa que comercializa ou instala o equipamento tem boa reputação no mercado e observar a durabilidade, garantia e

assistência técnica do aparelho”, alerta.

 

Quanto custa uma sauna?

Um projeto de sauna pode ter um custo elevado, mas o valor exato você só saberá após a empresa responsável analisar o ambiente e fazer um orçamento de acordo com o modelo desejado, considerando materiais utilizados, tamanho etc. O custo irá depender também se já existe um espaço pronto para a sua instalação ou se será necessário construir um ambiente do zero.

 

Os equipamentos mais vendidos para saunas de condomínios ficam em torno de R$1.500. Será necessário também a colocação de uma porta com isolamento térmico, fabricada em inox ou alumínio, na faixa de R$700, além de luminárias próprias com um custo de cerca de R$100 cada. Ainda é possível incrementar a sauna com termômetros, encostos, cabideiros, duchas etc.

 

Norma de convivência

Assim como em qualquer área de lazer do condomínio, os usuários da sauna devem conhecer e seguir as normas de convivência descritas no regulamento interno, afinal estamos falando de um local de uso comum de todos os moradores. No caso do Place Verte o regulamento traz observações acerca do uso de trajes de banho apropriados, da proibição de crianças desacompanhadas, das penalidades aplicadas por má utilização do equipamento, do horário de funcionamento e da infração de qualquer uma dessas regras.

 

Para Leonardo Santos, o condomínio deve ter alguns cuidados para preservar o bom uso do local pelos moradores. “Acho que o ideal é sinalizar adequadamente o local, divulgar e manter as normas de funcionamento visíveis e esclarecer prontamente qualquer dúvida ou questionamento dos condôminos”, esclarece.

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