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Condomínio iluminado, mas sem desperdício

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 07/09/2014
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Texto: Vanessa Sol

O dia a dia do condomínio não é fácil. O síndico precisa estar atento a todos os detalhes que envolvem a gestão condominial. No desafio de controlar os custos, um dos assuntos que podem tirar a paz do síndico é o consumo de energia elétrica. Os gastos com este recurso ocorrem porque, independentemente, do porte e das características do condomínio, a necessidade de iluminação em áreas comuns, tais como garagens, corredores, hall social, jardins, entre outros, é constante.

Mas se economizar energia nem sempre é uma tarefa simples, também não é a mais impossível. Basta ter um pouco de cuidado e disciplina, adotando algumas medidas que ajudarão, e muito, a reduzir os gastos. Principalmente, porque a redução deste tipo de custo pode ter um grande impacto no valor a ser pago pelos condôminos. Sem falar que, combatendo o desperdício e economizando energia elétrica, é ainda possível preservar o meio ambiente.

Entre as medidas que podem evitar o desperdício de luz está a substituição de lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes ou pelas de LED, a colocação de sensores de presença e as conhecidas minuterias, além de dimmers, que são dispositivos que fazem a graduação da intensidade da luz.

Estudos mostram que é possível reduzir em até 25% o consumo de energia elétrica com a substituição das lâmpadas. Além disso, as lâmpadas fluorescentes tem uma durabilidade maior que as outras. Elas chegam a durar de 6 mil a 10 mil horas, enquanto as incandescentes duram, em média, de 750 a 1000 horas.

Outra medida simples, mas que pode trazer inúmeros benefícios no quesito iluminação com economia e sem desperdício é a utilização de cores claras nos ambientes, pois elas refletem mais luz do que as escuras, deixando o ambiente mais claro.

A instalação do sensor de presença ou da minuteria em áreas de circulação é outra recomendação.  Ao instalá-los, a orientação é que o comando de lâmpadas fluorescentes tenha seu tempo de funcionamento regulado, pois pode ocorrer a queima precoce das lâmpadas fluorescentes, que têm restrições quanto ao número de acendimentos. Por isso, em alguns casos, é melhor fazer a substituição pelas de LED, que são mais caras, porém para estas não existem restrições de acendimentos e a vida útil média fica em torno de 50 mil horas, com uma economia de energia, em geral, de 80% em relação às lâmpadas incandescentes.

Além da iluminação, outros fatores também contribuem para o encarecimento da conta de energia elétrica. Os elevadores e as bombas de água são uns destes equipamentos de uso comum que ajudam a aumentar a conta. No caso dos elevadores, é importante observar que os modelos mais modernos são mais econômicos que os mais antigos. No entanto, o síndico precisa avaliar se haverá custo/ benefício na troca desses equipamentos, que, em geral, são muito caros. No entanto, não sendo viável a troca dos elevadores, os síndicos devem ficar atentos a algumas medidas que ajudam a diminuir o consumo de energia provocado por esses equipamentos no dia a dia. Uma delas é a manutenção regular. Desligar um dos elevadores nos horários em que o uso é mais baixo também pode ser uma alternativa para reduzir o consumo, e trocar a luz da cabine por uma mais econômica, como as de LED, por exemplo, também trazem um bom retorno em termos de economia. Já as bombas de água devem ser ligadas apenas por um período de tempo suficiente para encher as caixas de água. É importante usar equipamentos eficientes, que consumam pouca energia.

No Condomínio do Edifício Residencial Monreal III, no Andaraí, a economia de energia elétrica é feita há muitos anos. A síndica Alcimea Maria Fernandes Pereira, que está no cargo desde outubro de 2013, revela que desde quando seu marido era síndico do condomínio as medidas para economizar o consumo de energia elétrica nas áreas comuns do condomínio já eram adotadas. “Ele foi síndico deste condomínio durante 11 anos, e mais 15 em outro condomínio onde morávamos antes de nos mudar para cá, então esta conscientização com a economia de luz é antiga”, explica a síndica.

Atualmente, o gasto com a conta de luz do Residencial varia entre 3 e 4 mil reais por mês. As medidas para evitar o gasto excessivo, adotadas há mais de uma década, foram a implantação de minuterias nos corredores, o serviço de elevador inteligente e o uso consciente da bomba de água.

A síndica do Monreal III explica que a bomba é ligada apenas à noite, período em que a vazão de água é maior. Com o sistema de elevador inteligente, apenas um dos elevadores fica ligado durante o dia. O segundo elevador é ligado apenas a partir das 18 horas, quando o fluxo de condôminos começa a aumentar.

Alcimea revela que já as minuterias, quando acionadas, acendem as luzes por apenas dois minutos. “Optamos por colocar um tempo pequeno para evitar o desperdício. Esse tempo é o suficiente para abrirmos a porta”, enfatiza a síndica.  Na cobertura do condomínio, no entanto, não havia o sistema de minuteria. “O último local a ter o dispositivo implantado foi a cobertura. Optamos pelo sensor de presença, que acende as luzes somente quando eles entram e saem da unidade”, explica Alcimea.

A síndica acredita que, embora as medidas sejam simples, elas fazem toda a diferença no dia a dia do condomínio e, principalmente, no valor da conta de luz. “Essas medidas são importantes não só no condomínio, mas no dia a dia de cada um, pois elas ajudam a economizar e muito”, finaliza a síndica do Monreal III.

 

Confira as dicas sobre equipamentos

Minuterias: Elas mantem a iluminação por um período determinado de tempo. Há dois sistemas disponíveis: o coletivo e o individual.

– Sistema coletivo – permite ligar as lâmpadas de alguns ou de todos os andares ao mesmo tempo, ao se tocar em algum dos botões de comando (interruptores) instalados nos andares. O número de lâmpadas a serem controladas depende da capacidade da minuteria em função da soma das potências das lâmpadas instaladas.

– Sistema individual – permite ligar individualmente as lâmpadas de cada andar.

 

Sensores de Presença: Eles acionam a iluminação quando detectam a presença de alguém. Existem três tipos:

– Infravermelho – identifica a variação de calor no ambiente ao entrar uma pessoa em seu raio de ação, e permite o acendimento de lâmpadas no ambiente, ou seja, é sensível ao calor humano.
– Ultrassom – emite ondas, que rebatem no objeto ou pessoas que entram em sua área de atuação e retornam ao receptor do sensor, que imediatamente aciona a lâmpada a ele conectada.

– Dual – Combinação do Infravermelho e do Ultra-Som

 

Dimmers: Eles controlam a intensidade da luz imitida no ambiente, porém as luzes ficam acesas durante todo o tempo.

 

Lâmpadas de LED: Elas gastam ainda menos energia que as fluorescentes, porém ainda apresentam um alto custo, o que inviabiliza o uso deste tipo de equipamento para alguns condomínios.

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