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Estacionados nos condomínios

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 16/05/2016

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Mário Camelo

Um novo movimento urbano está se espalhando a toda velocidade (literalmente) por diversos cantos da cidade. Os food trucks, ou “caminhões de comida”, em português, estão caindo de vez no gosto dos cariocas. São kombis, trailers e até bicicletas (os bike trucks), devidamente adaptados e preparados para vender comida rápida na rua ou em qualquer lugar. Originalmente criados nos Estados Unidos e verdadeira mania entre os americanos, os trucks já conquistaram shoppings, museus e feiras de rua nos últimos meses. Mais recentemente chegaram também aos condomínios e, claro, foram muito bem recebidos pelos moradores.

No último ano, alguns grandes condomínios da Zona Oeste do Rio (que oferecem mais espaço e, portanto, mais comodidade para receber esse tipo de estrutura), foram palco de eventos gastronômicos de food trucks de grandes proporções e com variadas opções de menu para os condôminos. De hambúrguer gourmet a itens de padaria, passando até por trucks de cerveja artesanal.

O Condomínio Mandala, por exemplo, localizado na Barra da Tijuca, foi um dos primeiros a receber esse tipo de festival. Foram duas edições em 2015, uma em cada semestre. A quadra de hóquei foi adaptada para ser o estacionamento oficial das atividades durante um fim de semana. Cada evento recebeu quase 40 opções diferentes de trucks para os moradores e um fluxo de cerca de 3.500 pessoas por dia. “Os dois eventos foram um sucesso tremendo e os condôminos ficaram muito contentes, principalmente pela comodidade e pela grande diversidade de menus gastronômicos que oferecemos. Nós já temos uma programação anual, mas receber algo tão novo e desse porte agrega muito valor ao calendário”, comenta Marcos Bobba, diretor social do condomínio e responsável pela programação de eventos. Ele ressalta ainda que o condomínio não gastou nada com a produção, que apenas o espaço foi cedido, claro, com a aprovação prévio do Conselho.

Por lá, a ideia de produzir o festival veio de um dos moradores, Eziel Prete. Produtor de eventos, ele viu uma oportunidade no espaço. “Não é fácil produzir algo desse porte. São muitos os trâmites burocráticos. Tem a questão da legalização, da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Fazenda e mesmo sendo dentro de um condomínio, tem que ter alvará da Prefeitura. Mas depois que é feito, todo mundo gosta. Todo local precisa de eventos diferentes e a maioria dos condomínios sabe dessa necessidade, especialmente numa área como a Barra da Tijuca, que possui moradores bem exigentes. Num evento como esse, eles não precisam sair de casa, não precisam se preocupar com a Lei Seca, por exemplo, e é diversão para toda a família”, diz ele, que também já levou o evento para shoppings centers e outros locais.

O Condomínio Cidade Jardim, um dos maiores do estado do Rio de Janeiro, também foi palco de dois festivais no último ano, o Garagem e o Gastronomix. O segundo, além dos food trucks, reuniu música (com DJ), área infantil com recreação, e até espaço de moda. Ambos os eventos contavam com 16 trucks e 10 bikes e chegaram a receber um fluxo total de 10 mil pessoas, um recorde para ações do condomínio. “Tudo foi previamente aprovado com o Conselho Comunitário e os moradores amaram. Recebemos comentários lindos por Facebook depois”, comenta Luciana Garcia, coordenadora da ASCIJA – Associação Amigos do Cidade Jardim. “A grande vantagem é trazer tudo isso para o quintal de casa, digamos, e é um evento que agrada a crianças, jovens, adultos, idosos… Foi maravilhoso e esperamos repetir em breve”, comenta.

O food truck Mangaio Gourmet, especializado em comida nordestina, foi um dos que estacionou no Cidade Jardim. O trailer oferece quitutes como baião de dois, hambúrgueres, sobremesas e muito mais. O dono, Marcus Paulo, também é morador do condomínio e comenta. “O festival é extremamente cômodo para os moradores e as famílias adoram, as crianças se divertem, é um programa completo! Nós brincamos que poderia ter todo fim de semana”.

Prete acredita que os food trucks não são uma “moda passageira” e que vão estar presentes não só nos condomínios, mas em diversos pontos da cidade por muito tempo. “É um modelo muito prático e barato de Gastronomia. Preza por qualidade, um bom nível, bom preço e boa aparência. E a união de tudo isso em festivais traz muito mais diversidade e novos sabores para paladares exigentes. Não tem como não ser sucesso”, conclui ele, que está produzindo vários outros festivais no Rio e analisando propostas de condomínios para novas edições.

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