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Um toque a mais de sofisticação

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 14/05/2013

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O investimento na decoração de halls, portarias e demais áreas internas pode parecer supérfluo e, durante muito tempo, ficou em segundo plano nas metas de gestão dos condomínios. Nos últimos anos, entretanto, é visível o número de síndicos que tem dado atenção a esse item. Eles já perceberam que, além de causar impressão positiva e valorizar o patrimônio, áreas internas bem decoradas e organizadas contribuem para a auto-estima do condômino e, em última instância, para o bem-estar da unidade. “É muito importante para quem chega ver que o condomínio teve o carinho e respeito de fazer uma área arejada, sofisticada, com móveis. O condômino precisa se sentir bem recebido ali. Uma boa aparência faz diferença, faz até as pessoas decidirem se voltam ou não ao local”, salienta Raquel Salgado, designer de interiores que, há cinco anos, trabalha com a harmonização de condomínios.

Caroline Uchoa é um exemplo de gestora antenada às questões estéticas do seu condomínio, o Corrégio, com 28 unidades no Leblon. Assim como seus vizinhos, ela percebeu que as áreas comuns eram antigas, desgastadas e necessitavam de uma modernização. Resolveu então modificar o design do hall de serviço, portaria, sala de serviços dos funcionários e play. “Estamos repaginando todas as áreas, trocando por materiais mais modernos, mais fáceis de limpar, substituindo pisos, azulejos, mármore antigo por papel de parede. Vamos transformar o nosso play, atualmente sombrio e sem uso, em um espaço gourmet, onde todos podem reunir amigos e parentes, para comemorar datas. Vai ficar um charme”, conta.

O primeiro passo na empreitada de Caroline foi contratar um profissional capaz de transformar em realidade as suas ideias. Depois de pesquisar com empresas de embelezamento de portarias, ela optou por um arquiteto de interiores. “Contratamos alguém com bastante tempo de mercado. Deu certo. Nós tínhamos em mente um tipo de modernização, mas os arquitetos foram fundamentais para harmonizar o ambiente e não deixar as áreas comuns muito pesadas, com cores fortes, o que não agradaria a todo mundo. Optamos por tons pastel em tudo e isso deixou os ambientes bem sóbrios. O projeto do play foi o que mais teve modificação: adequamos as colunas do prédio para a sala interna, que virar um espaço gourmet”, pontua a síndica do Leblon.

Depois de contratar um arquiteto ou designer, alguns encontros serão necessários a fim de que o síndico possa debater com ele as modificações a serem realizadas. Nesse caminho, é essencial que o prestador entenda a dinâmica do edifício: conheça as principais queixas dos condôminos, seus anseios, rotina de funcionários, perfil dos visitantes. Essas informações serão cruciais para ele traçar um conceito que guiará o projeto. “Passada essa fase inicial, será apresentado ao condomínio algumas opções de redesenho. Assim que uma delas for escolhida, a obra será orçada e compraremos os mobiliários e o que mais for necessário. Aí, mãos à obra para que tudo fique à altura e expectativas dos moradores”, salienta Raquel.

Os custos do investimento já não são desculpa para os síndicos se esquivarem de uma boa e moderna decoração. Segundo a designer, existe no mercado uma gama variada de profissionais gabaritados com preços mais acessíveis. “O preço vai depender da assinatura do profissional. Se o síndico perceber que seus condôminos estão insatisfeitos, vale a pena investir. As pessoas querem uma área comum à altura do seu apartamento. Por isso é importante dar um aconchego para receber quem entra no edifício, como acontece em uma casa. É importante ter toques tanto de uma residência quanto de uma recepção, já que são espaços comuns”, argumenta Raquel.

Projeto coletivo
Por se tratar de áreas utilizadas e usufruídas por todos, é crucial que os condôminos participem ativamente das discussões em torno do novo design de interiores da unidade. Por isso, o ideal é o gestor reunir as opiniões de seus vizinhos acerca do que eles esperam para a nova formatação das áreas internas.

No condomínio Corrégio, no Leblon, síndica e condôminos escolheram juntos os materiais, móveis e cores a serem utilizados na reforma. Caroline Uchoa conta que, para facilitar os debates, criou uma comissão de obras. “Ficaria muito difícil pedir a opinião de todos nas cores, por exemplo, já que uns preferem roxo e outros, vermelho. Foi criada então a comissão de obras, eleita por todos antes da reforma. Apresentamos o projeto, já pronto, com cores, materiais e mobiliário escolhidos, aos demais condôminos, em Assembleia”.

Nos processos de modernização em que o projeto novo contrasta bastante com o original, pode ser que sejam necessárias obras de adaptação. Troca da Iluminação de teto, mudança de piso e pintura são as mais comuns. Nada que mexa na estrutura do prédio. As demais modificações promovidas pelo redesenho ficam por conta da ambientação com móveis, quadros e plantas.

No caso do condomínio do Leblon, foi necessário mudar os azulejos das paredes. Para lidar com a impaciência de certos condôminos diante dos contratempos provocados pela obra, a síndica Caroline sugere paciência por parte dos gestores. “Temos que ter em mente que toda obra é trabalhosa, dá dor de cabeça, incomoda, mas o importante é o resultado final, que vai valorizar ainda mais o patrimônio de todos. Sem contar que o dia-a-dia fica muito mais agradável. É preciso lembrar isso aos condôminos, pedir a paciência deles”.

Dicas de decoração
Que cores combinam entre si? Que tipo de móvel é mais adequado? Quais materiais dão um ar sofisticado aos objetos? Como aproveitar ao máximo os espaços disponíveis? Para um projeto de redesign de um condomínio dar certo, é crucial responder corretamente a essas perguntas. E mais: todo o projeto, ainda que contemple ambientes distintos, deve estar harmonizado. “Por isso, o designer ou arquiteto deve entender o conceito do condomínio para, depois, definir o conceito do projeto. Tudo precisa estar linkado”, observa Raquel Salgado.

Ambientes pequenos, por exemplo, pedem sempre uma decoração com cores claras, com espelhos para ampliar. Se o condomínio for muito escuro, a saída é investir na iluminação e na aquisição de móveis claros. Construções antigas combinam com móveis mais modernos. “O novo entra para quebrar o clássico”, ressalta Raquel, pedindo cautela aos síndicos que desejarem integrar móveis rústicos com peças contemporâneas: “Nesse caso, tem que ter cuidado. É preciso balancear, mas nada que um bom profissional não saiba resolver”.

Outro ponto importante é a qualidade dos materiais escolhidos. Móveis com qualidade implicam maior durabilidade e quase não exigem manutenção. “Um bom móvel é como uma boa roupa. Quem conhece sabe dar valor e reconhecer uma peça de alfaiataria, um bom corte. Isso serve também para os móveis: um bom sofá ou poltrona faz diferença”, sublinha Raquel. Para a síndica Caroline Uchoa, cada detalhe deve ser analisado com esmero, já que influirá no resultado final. “Um lugar cuidado, harmonioso e agradável. une as pessoas do condomínio, já que elas passam a ter orgulho de onde moram”, finaliza.

 

Texto: Aline Duraes

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