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Controle de acesso por biometria

Por Cidades e Serviços
Última atualização: 13/10/2020

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Juliana Marques

A segurança é, sem dúvida, um dos assuntos mais discutidos pelos moradores de
qualquer condomínio, principalmente nas grandes cidades onde a violência é cada vez
maior. E quando se trata da segurança da família e dos funcionários, todos querem ter
acesso aos sistemas mais modernos e eficientes.

Para tentar driblar as tentativas de assalto a condomínios e reforçar a segurança,
algumas técnicas que antes eram usadas somente em empreendimentos comerciais
começaram a se popularizar nos residenciais. É por isso que o mercado não para de
desenvolver novas tecnologias. Cartões e senhas numéricas estão ficando para trás.
Hoje, a biometria é considerada uma evolução no sistema de segurança e a cada dia
mais condomínios instalam leitores de impressão digital em seus acessos.

Essa modernização se mostrou mais eficiente, pois, além da segurança, agilizou o
acesso de visitantes e moradores. E para o síndico é um facilitador também na hora
de verificar a entrada e a saída dos funcionários e dos prestadores de serviço dos
apartamentos ou casas.

Como funciona?
O controle biométrico, basicamente, é uma maneira de identificar uma pessoa por
suas características, principalmente neste caso específico, as físicas. Cada indivíduo
tem características físicas únicas e singulares. Portanto, a biometria tem se mostrado
uma das formas mais eficazes de identificação e de reconhecimento nas mais diversas
áreas já que funciona a partir do reconhecimento das digitais ou outras partes do
corpo, como íris, retina, face e palma da mão.

Essas informações são digitalizadas e ficam armazenadas, atreladas a um cadastro do
visitante, que incluem dados como nome completo e número de documento, assim

como o nível de permissão de acesso e circulação dentro do condomínio. Esse
cadastro é permanente e só precisa ser realizado uma única vez.

De acordo com o diretor de uma empresa especializada na instalação desse tipo de
sistema, Saulo Sanabio, o controle biométrico é composto basicamente por
equipamentos como leitores, câmeras e módulos controladores, que são monitorados
por uma rede de computadores, que se comunica com um servidor e trabalha através
de um software gerenciador de controle de acesso. Interligados a este sistema, eles
podem ser instalados como eletroímãs, fechaduras elétricas, catracas, torniquetes,
cancelas, entre outros elementos que têm a função de garantir fisicamente o bloqueio
e a liberação do usuário junto aos pontos de acesso controlados. “Para cada ponto de
acesso controlado e de acordo com o projeto específico do local, pode se utilizar uma
ou mais tecnologias de identificação biométrica, as quais poderão estar associadas
entre si ou com tecnologias mais convencionais, como cartão de proximidade e
outros”, explica Saulo.

Cômodo, prático e eficaz, o sistema de controle de acesso por biometria para
condomínios além de poder ser instalado nas áreas externas pode ser implantado nas
áreas internas restringindo desta forma o acesso a determinados locais. É possível
também gerenciar relatórios com a exibição dos acessos, locais, dias e horários.

Vantagens X desvantagens
A praticidade e a conveniência da biometria fazem dela um item necessário em
qualquer moradia que preze pela segurança nos dias atuais. A grande vantagem do
controle biométrico é a sua eficácia. Só passa no acesso quem realmente tiver a digital
cadastrada, pois nos demais sistemas você pode fornecer seu código ou cartão para
outra pessoa entrar, por exemplo.
O sistema é instalado nas portas de acesso do condomínio para total controle e
rastreabilidade dos condôminos, da mesma forma que o registro de visitantes e
prestadores de serviço é essencial. Um dos principais benefícios dessa tecnologia é a
confiabilidade na identificação do usuário, uma vez que a biometria humana é única e
garante de forma inequívoca esta identificação.

Outra vantagem é o baixo custo de implantação, pois não se faz necessária a
utilização de outros dispositivos como cartões, tags, pulseiras ou chaveiros que na
opinião de Saulo somam-se a mais uma vantagem “essa é mais uma praticidade de

acesso pelo usuário, o qual dispensa para ele a obrigatoriedade do porte de elementos
adicionais como estes, assim como a eliminação dos custos de fornecimento e
logística destes itens, que em geral causam um grande volume de trabalho e
eventuais transtornos para a administração do condomínio, devido a perdas, extravios
e necessidade de reposição e aquisição contínua”, defende.

Entre as poucas desvantagens podemos citar a ocorrência de falhas na leitura
ocasionada pelas características da digital de cada usuário. Cerca de 2% a 3% da
população, incluindo usuários de idade mais avançada, apresentam digitais ilegíveis
para o leitor. Pare estes casos específicos a solução é a utilização de um elemento
convencional para o acesso, como cartão de proximidade, chaveiros ou outros.

Outro problema possível é a possibilidade de fraudes e como em tecnologia nada é
100% seguro, a biometria também não garante total segurança. Entre outras técnicas
de fraude, uma impressão digital, por exemplo, pode ser falsificada através de uma
impressão com silicone. O fato é que não existe uma técnica infalível, os fraudadores
sempre estarão inventando meios para driblar as novas tecnologias por isso, para
potencializar a segurança dos moradores, o ideal é que o síndico adote a biometria
aliada a outros mecanismos de segurança como o monitoramento por câmeras,
guaritas 24 horas e o principal, com o treinamento adequando para funcionários e
moradores.

O treinamento é simples, porém, muito importante dentro do processo de implantação.
Para Sanabio, o primeiro passo é eleger dentro do condomínio uma pessoa
responsável pela a administração do sistema. “Essa pessoa será dona do sistema, ou
seja, todas as ações de estratégia de funcionamento, configuração e modificação de
todo o processo deverão partir ou serem da ciência dessa pessoa”, orienta. Esta
medida facilitará o perfeito funcionamento, inclusive com a comunicação com a
empresa responsável pela manutenção, sempre que for necessária.

Após a eleição do responsável pelo sistema outras pessoas deverão receber o
treinamento operacional, como porteiros, seguranças, recepcionistas, etc. Em seguida,
será necessário coordenar algumas datas e horários para o cadastramento dos
usuários do condomínio, que deverão ter suas informações pessoais e biométricas
colhidas e armazenadas no servidor do sistema. “Recomenda-se nos primeiros dias da
utilização do sistema que um ou mais operadores, já devidamente treinados, auxiliem
a passagem nos bloqueios pelos condôminos, uma vez que é importante o correto

posicionamento do usuário perante o leitor biométrico, seja ele digital, facial ou
vascular”, aconselha o diretor da Wellcare.

Após a instalação do sistema de controle biométrico, a empresa contratada pelo
condomínio Soul Península, na Barra da Tijuca, disponibilizou uma equipe de técnicos
para treinar e capacitar dois funcionários da administração para utilização e manuseio
do sistema. Vera Curi, síndica do condomínio há pouco mais de um ano se diz
satisfeita, pois tem como aliada a tecnologia que controla os portões de acesso do
condomínio através do dispositivo de reconhecimento da biometria. “Temos maior
controle e segurança da entrada do morador e de quem está autorizado por ele a
acessar o condomínio”, afirma.

É importante entender que a biometria não dispensa a presença de seguranças nos
acessos de garagem e portaria. O ideal é que ela seja utilizada junto a um sistema de
segurança planejado. O síndico, antes de levar o assunto à assembleia deve se
inteirar das opções disponíveis para a realidade do seu condomínio. “Indicamos que
seja visto a quantidade de usuários (moradores e funcionários) que utilizarão o
sistema, quais os locais que ele deseja utilizar a tecnologia biométrica para acesso
(portão de pedestre principal, acesso aos halls de cada bloco, academia e etc.) e em
cima dessas informações, apresentar um projeto, conforme a necessidade do
condomínio”, explica Dayane Gomes, consultora comercial da empresa Segmix,
especializada em soluções tecnológicas. Assim, é possível apresentar aos moradores
uma proposta adequada à realidade em que vivem.

Outras tecnologias
Hoje existem diversos sistemas de controle de acesso que gerenciam a entrada e a
saída dos moradores. Há outros tipos de leitores no mercado que fazem o
reconhecimento de face, íris e geometria da mão, por exemplo, porém, a impressão
digital é a que tem melhor custo/benefício e, portanto, é hoje a mais utilizada nos
condomínios residenciais do país. Para os síndicos que estão começando a pesquisar
a implantação desse tipo de sistema, Vera Curi, dá a dica: “Normalmente síndicos
buscam referências entre condomínios com o mesmo perfil. Qualquer tecnologia  a ser
implementada depende de quem vai utilizá-la e aonde. Deve-se avaliar também se a
porta onde será instalada  suportará o leitor ou se vai haver a necessidade de um
totem”, sugere a síndica.

Muitas vezes a colocação de um controle biométrico faz parte de um projeto mais
amplo de segurança e envolve estudos e análises de riscos. O importante é consultar
uma empresa qualificada e planejar a segurança do condomínio com tranquilidade e
eficiência. Para Saulo, da empresa Wellcare, é importante tentar identificar, junto às
equipes e moradores, as deficiências e transtornos eventualmente gerados pela
ausência de um controle de acesso biométrico, levando em conta as vantagens e
desvantagens já mencionadas. “É possível a contratação de uma consultoria e/ou
projeto preliminar de itens importantes para a decisão do melhor sistema a se adotar,
bem como, para obter definições, soluções e estratégias a serem aplicadas e que
trarão benefícios ao condomínio”, explica.

A tecnologia, a cada dia mais acessível, tem sido uma das maiores aliadas dos
condomínios na busca por um controle de acesso eficiente. Por mais que a tecnologia
esteja agregada ao sistema de controle de acesso do condomínio, nada elimina a
participação dos moradores por isso, cada condômino também é responsável pela sua
própria segurança. Antes de contratar uma empresa especializada e comprar o
equipamento, faça um estudo prévio para verificar quantas pessoas farão o uso da
tecnologia e qual custo terá para o condomínio.

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